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Acre fecha julho com oito casos suspeitos de sarampo


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O Acre fechou o mês de julho com oito casos suspeitos de sarampo, segundo um balanço da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) divulgado nesta quinta-feira (31). As notificações suspeitas são investigadas em Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Porto Acre.

⚠️Casos suspeitos são diferentes de confirmados. O último caso de sarampo registrado no Acre foi em 2000, segundo a Sesacre.

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O número oscilou durante este mês, em meio ao surto da doença na Bolívia, onde já foram confirmados 181 casos.

O Acre decretou situação de emergência por conta do sarampo no dia 17 e tem intensificado campanhas de imunização para evitar o contágio principalmente nas regiões de fronteira. Outros 22 casos já foram descartados. Ao todo, foram 30 notificações em 2025.

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A fronteira entre o Acre e a Bolívia possui uma extensão de, aproximadamente, 618 km e, dentre os 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira. São eles: Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Plácido de Castro e Acrelândia.

Ainda conforme o balanço, o estado já aplicou mais de 22 mil doses das vacinas que combatem a infecção entre o dia 24 de junho e esta quinta-feira (31).

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Renato Menezes/Arte g1

Como são investigadas as suspeitas?

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Arquivo/Prefeitura de Brasiléia

De acordo com o Ministério da Saúde, a investigação de suspeitas de sarampo é feita em cinco etapas. Todos os casos em que possíveis sintomas tenham sido identificados pelos médicos e que sejam notificados devem passar por estas etapas.

Entrevista

A entrevista é feita em até 48 horas a partir da notificação. "Durante a entrevista, a coleta de informações deve ser realizada de forma minuciosa, com a compreensão de onde o caso esteve e com quem teve contato durante os períodos de incubação e transmissibilidade", diz o ministério.

Coleta de amostras

Deve ser feita no primeiro contato com o paciente, no entanto, caso não tenha sido realizada, pode ser feita no momento da investigação. São colhidas duas amostras de sangue em momentos distintos e encaminhadas para sorologia.

Identificação de contatos

Nesta etapa, uma linha do tempo é feita para identificar todos os contatos do paciente para ações de controle e prevenção. "A linha do tempo consiste na identificação da data de início de exantema [erupções na pele] do caso suspeito, do período de incubação, período de transmissibilidade e período de provável aparecimento de casos secundários".

Após a identificação dos períodos, são indicadas todas as pessoas que o caso suspeito encontrou ao longo do tempo.

Bloqueio vacinal

Depois da elaboração da linha do tempo, é feita a avaliação das carteiras de vacinação dos contatos e é feita a vacinação seletiva, também chamada de dose de bloqueio, aplicada em pessoas que tiveram contato com casos suspeitos ou confirmados.

Monitoramento de contatos

Além de identificar e possivelmente aplicar a dose de bloqueio, as equipes de saúde devem monitorar os contatos dos casos suspeitos por até 30 dias.

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Segundo Gilmara, uma das principais dúvidas da população é sobre a anotação na carteira de vacinação. A vacina pode aparecer com diferentes siglas.

“Pode estar escrita como TV (tríplice viral), DV (dupla viral) ou até como tetra viral, que é aplicada em crianças de um ano e três meses. Se a pessoa tiver dúvida, é só levar a caderneta até uma unidade de saúde. A gente confere e, se necessário, aplica a dose”, afirmou a técnica.

As demais orientações dadas pela profissional são:

Quem tem entre 1 e 29 anos precisa de duas doses;

Quem tem entre 30 e 59 anos, uma dose é suficiente;

Acima de 60 anos, a vacina não faz parte do calendário regular, mas pode ser indicada em situações específicas, com prescrição médica.

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