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Agricultores familiares investem na produção de macaxeira e milho na zona Rural de Boa Vista


Macaxeira é cultivada por agricultores familiares em Boa Vista, Roraima.

Luiz de Matos/Rede Amazônica

Agricultores familiares na zona Rural de Boa Vista têm investido no cultivo de macaxeira e milho como principais fontes de renda. O assunto foi destaque no Amazônia Agro exibido na Rede Amazônica deste domingo (3).

Em propriedades como a do casal Duzelir Correia e Biatina Ramos, localizada na região do Bom Intento, a produção de macaxeira se tornou o carro-chefe.

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Eles iniciaram as atividades no campo durante a pandemia da Covid-19. Desde então, investem na produção da raiz, que está presente na culinária brasileira e é matéria-prima de diversas indústrias.

"Já tem aproximadamente uns cinco anos [que começamos com] a macaxeira em si. De produção mesmo, tem um ano e meio que a gente está testando. Mas a macaxeira é a que dá menos trabalho, que tem menos adubação em vista das outras culturas que a gente faz aqui", afirma o agricultor, que também já cultivou melão, abóbora e melancia.

Duzelir Correia cultiva macaxeira em Boa Vista (RR).

Luiz de Matos/Rede Amazônica

A propriedade do casal conta com seis hectares, sendo três dedicados exclusivamente ao cultivo da macaxeira, nas variações branca e amarela. A colheita já ultrapassou 200 kg por dia. Segundo Duzelir, a escolha pela macaxeira se deu pela facilidade de manejo e adaptação ao solo.

👨‍🌾 O trabalho no campo é feito principalmente de forma manual, com apoio de equipamentos e maquinários adequdos. Biatina, esposa do produtor, também participa do processo com o auxílio dos filhos.

"No dia a dia aqui, minha função é mais ajudar, auxiliar ele a juntar as macaxeiras, secar e pesar. É um serviço mais leve. Toda a família [participa], os meninos sempre estão aqui para ajudar. A parte da roça é com eles", explicou.

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Agricultor familiar Silvio Noronha cultiva milho na zona Rural de Boa Vista (RR).

Luiz de Matos/Rede Amazônica

Em outra propriedade rural de Boa Vista, o agricultor Silvio Noronha mantém uma produção contínua de milho em uma área de dois hectares. Segundo ele, uma das vantagens da cultura é o aproveitamento integral do produto.

"O milho é um produto que não empanca, você não perde. Você vende o milho verde, você vende o milho seco em grãos para cidade, para a silagem, para alimentação de animais", explicou Noronha, que é agricultor familiar há pelo menos 4 anos.

Com colheitas diárias entre 400 e 500 kg, Silvio credita parte do desempenho ao apoio recebido por meio de uma cooperativa. Ao longo dos quatro anos como agricultor, ele já cultivou amendoim, feijão, abóbora e melancia.

"Eu sou cooperativado pela Coophorta que nos dá um grande incentivo, nos incentiva muito a cultivar multiculturas, tanto milho, quanto feijão, abóbora, o maracujá e todas as hortaliças do campo. Eles dão assistência para a gente''.

Lavoura de milho na zona Rural de Boa Vista (RR).

Luiz de Matos/Rede Amazônica

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smaai), as áreas de produção cresceram na capital. As maiores extensões estão concentradas no Projeto de Assentamento (PA) Nova Amazônia, na região do Murupu, e no Nova Amazônia 1, localizado no Truaru.

🥔🌽 No primeiro semestre de 2025, os produtos mais cultivados foram milho, macaxeira e batata-doce. Já nos primeiros meses do segundo semestre, os destaques são batata-doce, melancia, melão e hortaliças.

Produtividade média anual por cultura em Boa Vista

Apoio técnico

Para Biatina Ramos, o apoio técnico é importante para quem está começando no campo, pois é importante para o bom desempenho da produção. "Para quem está começando tem que ter muito apoio técnico porque tem que preparar a terra, tem que saber o tempo de plantar e de colher", explicou ela.

"No início, a gente colhia antes do tempo e não tinha uma noção de como plantar e como colher, tem um tempo de plantar e tem tempo de colher e fomos orientados", ressaltou a agricultora familiar.

Biatina Ramos, agricultora familiar que cultiva macaxeira em Boa Vista (RR).

Luiz de Matos/Rede Amazônica

Para Silvio, o incentivo desperta "a vontade de trabalhar" no campo e é importante para que os agricultores saibam que não estão sozinhos.

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