DJ é atração do festival neste sábado (12). Ao g1, ele elogia grupo de dança que o acompanha: 'A gente parte do pressuposto que um humano não é capaz de fazer aquilo'. Alok foi confirmado no Coachella, na edição de 2025
Divulgação/Instagram do DJ
Alok vai se apresentar no festival Coachella, neste sábado (12) e no próximo (19), em um show que terá como grande novidade um "painel humano interativo", composto por 50 dançarinos sincronizados com a música e com os outros efeitos visuais.
Alok levará ao festival americano Coachella, neste sábado (12) e no próximo, uma apresentação que tem uma grande novidade: 50 dançarinos do grupo Urban Theory vão interagir de forma sincronizada com as músicas e com os outros efeitos especiais.
O g1 viu uma parte do ensaio e constatou: a performance do grupo de dança se encaixa nos beats da música e o impacto visual é ainda maior do que o show de luzes, lasers e outros aparatos geralmente usados por Alok. No palco, a meia centena de "robôs humanos" parecem se multiplicar e a motivação é bizarramente coordenada com as canções.
"Estou muito feliz com o resultado, vai ser um show histórico e é importante que seja no Coachella. É um momento que traz um desafio para os artistas. Uma das funções dos artistas é mover a cultura para frente", conta o DJ ao g1.
Post Malone, Green Day e Lady Gaga são as atrações principais do evento que acontece na cidade que batiza o festival, no estado americano da Califórnia. Alok é a única atração brasileira no evento, após o cancelamento de Anitta.
"Tudo hoje em dia está no lance dessa ideia da inteligência artificial, até onde vão os limites. Falam que ela vai dominar a indústria musical também. A gente fica nessa discussão: será que para fazer arte não precisa de uma alma para tocar outras almas?", ele explica.
"Dessa discussão, a gente vai vir com uma mensagem no fim do show que é "Keep the art human" [mantenha a humanidade da arte]. Foi muito louco que quando a gente posto o vídeo dos ensaios, a galera ficou falando 'nossa, isso é inteligência artificial?'. É muito louco que a gente parte do pressuposto que um humano não é capaz de fazer aquilo, né? Eu acho que esse é o 'statement' desse show. O ser humano quando está unido consegue fazer coisas extraordinárias."
Nova versão de megahit
Alok foi confirmado no Coachella, na edição de 2025
Divulgação/Instagram do DJ
Além do grupo de dança, o cantor Zeeba está confirmado. Colaborador frequente de Alok, ele também cantou com o DJ no show do The Town. No festival paulistano, soltou a voz no hit do assobio "Hear me now", e participou de outras três canções: "Ocean", "Never ler me go" e "Nossos Dias".
No show do evento "irmão do Rock in Rio", Alok contou ao g1 que buscava criar um setlist com "mais autenticidade e originalidade". Houve uma nítida diferença no repertório, com bem menos inserções de trechos curtos de músicas de outros artistas.
"Agora, a gente vai tocar uma nova versão de 'Hear me now' e não tem nada a ver com o The Town", Alok diferencia. "Essa versão nova vai muito em uma pegada que eu estou acreditando muito que tenho chamado de Alok 3.0, porque se você der uma olhada no set do Tomorrowland Brasil e do Tomorrowland Winter é a linha de som que estou apostando muito."
"A indústria da música acaba tendo ciclos e a direção que está indo agora é uma direção que eu sinto muito confortável. É basicamente uma atualização daquilo que eu já fazia. Eu estou bem confiante."
Alok já disse ao g1 que considera define seu som como "free spirit", com arranjos e ideias que não se limitam a subestilos da música eletrônica com os quais já foi rotulado, como o dance pop.
"Quando eu vou para alguns festivais mais alternativos, falam 'pô, não curto muito a linha de som que você toca hoje em dia, mas, caraca, meu filho é seu fã... meu sobrinho, minha mãe, minha vó". E eu falo 'que massa, irmão, valeu e tal'. E era essa a ideia. Eu nunca quis ser uma coisa limitada."
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