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Após encontro, Lula afirma que Brasil e EUA devem fechar um bom acordo; Trump diz que não sabe se algo vai acontecer


Depois de reunião com Trump, Lula diz que Brasil e Eua devem fechar 'bom acordo'

Nesta segunda-feira (27), antes de embarcar no voo de volta ao Brasil, o presidente Lula deu declarações otimistas em relação aos possíveis resultados do encontro com Donald Trump, na Malásia. Falou na possibilidade de fazerem um bom acordo. Mas o presidente americano se manifestou em um tom diferente e disse que não sabe se algo vai acontecer.

No último dia de viagem, o presidente Lula marcou uma coletiva para fazer um balanço. O encontro com o presidente americano foi o principal ponto. Lula falou do documento que entregou a Donald Trump com os assuntos importantes para o Brasil na negociação.

“Fiz questão de dar uma cópia a ele daquilo que a gente estava reivindicando. Disse para ele que era inadmissível a punição de ministro da Suprema Corte por causa da votação que houve no processo do 8 de janeiro, do golpe. Fiz questão de dizer para ele que eram infundadas as informações de que os Estados Unidos tinham déficit comercial com o Brasil. Nós provamos que teve um superávit de US$ 410 bilhões em 15 anos. Só no ano passado foram quase US$ 22 bilhões de superávit para os Estados Unidos”, disse Lula.

Após encontro, Lula afirma que Brasil e EUA devem fechar um bom acordo; Trump diz que não sabe se algo vai acontecer

Jornal Nacional/ Reprodução

A negociação comercial começou menos de 24 horas depois. Em Kuala Lumpur, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent. Eles já marcaram uma nova reunião - que pode acontecer na próxima semana, em Washington.

Enquanto os ministros vão lidar com os assuntos comerciais, os dois presidentes ficarão a cargo das questões políticas. Na carta que enviou a Lula para justificar as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras, Trump citava o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula contou que levantou o assunto:

“Eu disse para ele que o julgamento foi um julgamento muito sério, com provas muito contundentes. Disse a eles que eles têm um plano para matar a mim, para matar o meu vice-presidente, para matar o presidente Alexandre de Moraes. E que, portanto, isso não está em questão, não está em discussão”, contou Lula.

Donald Trump e Lula

Jornal Nacional/ Reprodução

No avião, depois de deixar a Malásia, Donald Trump falou pela primeira vez sobre o encontro com Lula e desejou feliz aniversário ao presidente brasileiro, que completa 80 anos nesta segunda-feira (27):

“Nós tivemos uma reunião muito boa. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Tivemos uma ótima reunião. Ele é um cara muito vigoroso e hoje é aniversário dele. Então, feliz aniversário”.

Lula na Malásia

Jornal Nacional/ Reprodução

Antes do jantar, no último evento na Malásia, Lula voltou a falar com os jornalistas. O presidente saiu da reunião no domingo (26) mais otimista do que entrou:

“Não era possível, e nem vocês acreditavam que, em uma única conversa, a gente pudesse resolver os problemas. O que nós estabelecemos é uma régua de negociação e, toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele. É isso. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nós vamos colocar as equipes para negociar. Minha equipe é de alto nível: a minha equipe é o Alckmin, é o Haddad e é o Mauro Vieira. E nós queremos negociar. Eu acho que nós vamos fazer um bom acordo”.

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