Brasileiros registram a Chuva de Meteoros Orionídeas
Uma chuva de meteoros está iluminando o céu nesta semana.
Na casa da analista de dados Paola Lauria, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, as atenções estavam voltadas para o céu.
“A gente resolveu colocar câmeras para observar o céu o tempo inteiro. Então, a gente consegue enxergar ali nuvens, a gente consegue enxergar raios - que é uma coisa que a gente gosta muito - e os meteoros”, conta Paola.
As câmeras registraram o momento rápido, mas muito esperado.
“Um céu belo como esse que a gente tem aqui é o incentivo que a gente precisa”, diz o meteorologista Diogo Machado Custódio.
A madrugada que passou e essa próxima são os melhores momentos para assistir à chuva de meteoros Orionídeas. Uma rede de monitoramento com voluntários profissionais e amadores captou o espetáculo em diversas cidades brasileiras. O fenômeno foi batizado de Orionídeas porque os meteoros parecem surgir da constelação de Órion. As conhecidas Três Marias fazem parte desse cinturão de estrelas.
Esse fenômeno astronômico - que, se o tempo ajudar, qualquer um pode ver a olho nu -, na verdade são os restos do cometa Halley, o famoso. Ele passou perto da Terra pela última vez em 1986 e deixou um rastro no universo com partes de si mesmo.
Se a gente aproximar isso, fica mais fácil de entender o que está acontecendo. A Terra, na sua órbita, está cruzando esse rastro. Essas partes do cometa que foram deixadas para trás, quando entram na atmosfera terrestre, pegam fogo e é isso que as pessoas podem ver cortando o céu em todas as partes do planeta Terra.
O doutor em astronomia explica que essa chuva de meteoros é comum nessa época do ano e não representa perigo:
“Esses detritos são pedrinhas. É um tipo de material que é comum de cair, de entrar na atmosfera e se consumir. A maior parte desse material se consome e nem cai no chão. Quanto mais longe de poluição luminosa da cidade, melhor. Botar uma espreguiçadeira no jardim e ficar olhando para o céu”, explica Irapuan Rodrigues, físico e astrônomo da Universidade do Vale do Paraíba.
Brasileiros registram a Chuva de Meteoros Orionídeas
Reprodução/TV Globo
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