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Caso Peu: dois acusados são condenados a 28 anos de prisão por morte de torcedor em Maceió


Dois homens são condenados a 28 anos de prisão por morte de torcedor em Maceió

TJAL/Divulgação

Foram condenados a 28 anos de prisão Milton Pereira da Silva Neto e Jonas Paulo Santana Cané, julgados pela morte d​o torcedor do CSA Pedro Lúcio dos Santos, conhecido como "Peu". O crime ocorreu em maio de 2023, no bairro Trapiche, em Maceió, após uma partida realizada no Estádio Rei Pelé.

O júri popular foi realizado no Fórum da Capital e conduzido pelo juiz Geraldo Amorim, titular da 9ª Vara Criminal. Em sua sentença, o magistrado destacou que a ação foi premeditada e contou com divisão de tarefas entre os envolvidos.

De acordo com o magistrado, os elementos probatórios, a ação foi premeditada e orquestrada anteriormente, com divisão de tarefas entre os réus e terceiros.

Ainda conforme a decisão, Jonas Paulo foi o responsável por dirigir um dos veículos usados no crime. Ele teria transportado Milton e outros participantes já armados até o local do assassinato e auxiliado na fuga após o ataque.

Pedro Lúcio foi espancado até a morte em frente a um ponto de ônibus, nas proximidades do estádio, em um ato que, segundo a acusação, foi motivado por vingança após a morte de um integrante da torcida organizada do CRB, à qual os réus seriam ligados.

O magistrado também ressaltou que os acusados participam de um grupo que promove ações violentas contra torcedores rivais. Em um grupo de WhatsApp, segundo o processo, era feita até mesmo uma espécie de "vaquinha" para cobrir prejuízos materiais, como danos a veículos utilizados nas ações.

Apesar da condenação por homicídio qualificado, os réus foram absolvidos da acusação de corrupção de menores, também incluída na denúncia. Eles deverão cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

Durante o julgamento, Milton e Jonas negaram envolvimento no crime.

Polícia indicia 10 pessoas pela morte de torcedor do CSA espancado em Maceió

Inicialmente, a Promotoria de Justiça de Alagoas, ofereceu denúncia contra nove pessoas, mas o total de denunciados no processo foi a dez.

Além dos dois homens que serão julgados, um dos acusados está foragido e há sete pessoas impronunciadas (que não serão levadas a júri, quando o juiz entende que não há provas suficientes para levar o réu a julgamento, nem elementos para uma absolvição sumária).

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