
O governador do Rio se reuniu com o ministro do STF Alexandre de Moraes
O governador do Rio se reuniu nesta segunda-feira (3) com o ministro do STF - Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Cláudio Castro afirmou que a megaoperação da semana passada contra o Comando Vermelho respeitou as determinações do STF.
O ministro Alexandre de Moraes teve cinco reuniões no Rio, todas a portas fechadas. Encontros com o governador Cláudio Castro, do PL, com a cúpula da segurança, com representante da Justiça do estado e com o prefeito do Rio. O ministro pediu detalhes da megaoperação policial contra o Comando Vermelho da última terça-feira (28) e conheceu o Centro de Comando e Controle, de onde foi monitorada toda a operação.
Alexandre de Moraes é o atual relator da “ADPF das Favelas”. Entre 2020 e 2025, quando estava sob a relatoria do ministro Edson Fachin, essa ação impôs restrições às operações policiais nas comunidades do Rio. Elas só deveriam ocorrer em caráter excepcional e com comunicação ao Ministério Público, entre outras obrigações.
A ADPF foi julgada em abril, estabelecendo um novo protocolo. E o STF determinou que o governo do estado do Rio elaborasse um plano para retomar territórios controlados por bandidos. Segundo o governo, o plano será apresentado até o dia 20 de dezembro.
Nesta segunda-feira (3), o governador Cláudio Castro entregou a Alexandre de Moraes justificativas para a operação. O documento de 26 páginas detalha o histórico da formação do Comando Vermelho e afirma que “o princípio da proporcionalidade foi rigorosamente observado em todas as fases da ação”.
Cláudio Castro diz a Alexandre de Moraes que megaoperação no Rio seguiu determinações do Supremo
Jornal Nacional/ Reprodução
O trabalho de perícia nos corpos já terminou. Dos 117 suspeitos mortos, somente dois ainda não foram identificados. O ministro Alexandre de Moraes determinou que o estado preserve todos os elementos da perícia. Isso torna possível a checagem e o controle pelo Ministério Público do que foi examinado, e a produção de contraprovas pela Defensoria Pública, caso seja necessária.
As reuniões entre o ministro do STF - Supremo Tribunal Federal e autoridades do estado duraram mais de oito horas. A pedido de Alexandre de Moraes, ninguém deu entrevista.
Policiais são feridos em operação no Rio
Jornal Nacional/ Reprodução
No domingo (2), o Fantástico mostrou imagens exclusivas. Drones da polícia e câmeras corporais captaram as cenas de guerra. São registros das quase 18 horas do combate. De acordo com o comando da Polícia Militar, algumas câmeras ficaram sem bateria e pararam de gravar.
Um grupo de policiais foi atacado com dezenas de tiros. Um foi ferido na mão. O outro, na barriga. Quando o policial Rodrigo Cabral chegou para socorrer, foi baleado na cabeça e morreu na hora. As imagens mostram outro colega ferido.
Um repórter cinematográfico independente registrou o resgate do delegado Bernardo Leal, baleado na perna. Os policiais tiveram que quebrar a parede de uma casa para chegar até onde ele estava e desceram a favela com o delegado nas costas.
Além dos quatro policiais mortos, 15 ficaram feridos. Dois continuam internados. O estado de saúde deles é considerado grave.
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