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Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, secretário de Economia do DF pede exoneração


Ney Ferraz, secretário de Economia do DF

SEEC/reprodução

O secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (1º). A informação foi confirmada pelo próprio político em nota oficial.

A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial do DF, e deve ser registrada como uma saída "a pedido" de Ferraz. O nome do substituto não foi anunciado pelo governo.

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No começo de julho, Ney Ferraz foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do DF a 9 anos e 9 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ney Ferraz nega ter cometido irregularidades e diz que, agora, vai se dedicar exclusivamente ao recurso contra a condenação que ainda será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

"Enfrento, neste momento, um episódio pessoal extremamente doloroso. Sou alvo de acusações infundadas e injustas, que não resistem à luz da verdade e nem aos rigores da Justiça. Confio plenamente nas instituições e sei que, em breve, tudo será devidamente esclarecido", diz a nota em que Ferraz confirma a saída do governo.

A nota diz ainda que:

tomou a decisão "não por obrigação", mas por um "profundo senso de responsabilidade e respeito" ao governo;

que é "inadmissível" permitir que "circunstâncias externas" prejudiquem as políticas públicas e os avanços da pasta.

Questionado no mês passado, Ibaneis – que é advogado – avaliou que a decisão da Justiça era equivocada e disse que Ferraz seguiria no cargo até a análise dos recursos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Veja abaixo:

Ibaneis Rocha afirmou que Ney Ferraz permanece no cargo.

A pressão de opositores e de órgãos de fiscalização, no entanto, foi crescendo ao longo do mês.

Na quinta (31), o Tribunal de Contas do DF deu prazo de cinco dias para Ibaneis explicar a manutenção do secretário no cargo, mesmo após uma condenação por órgão colegiado.

O Ministério Público do Distrito Federal tinha pedido a perda do cargo público, inclusive, na denúncia que levou à condenação. A medida, no entanto, não chegou a ser definida pela Justiça do DF.

Relembre a condenação

Em fevereiro deste ano, Ney Ferraz e sua ex-esposa Emanuela Ferraz foram condenados por lavagem de dinheiro, cometida 166 vezes. À época, Ney foi absolvido da acusação de corrupção.

Nesta decisão de fevereiro, Ney e Emanuela foram condenados a 6 anos, 5 meses e 15 dias de prisão em regime semiaberto e pagamento de multa. O juiz também determinou a perda do cargo público de Ney e proibiu que ele assuma outra função pública de qualquer natureza por 12 anos e 11 meses.

Tanto a defesa dos acusados quanto o Ministério Público (MPDFT) recorreram à 2ª instância do TJDFT.

Os desembargadores confirmaram a condenação por lavagem de dinheiro e decidiram por novas penas, por outros crimes.

Agora, Ney foi condenado a 9 anos e 9 meses de prisão. Como a pena aumentou, agora ela começa em regime fechado.

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