G1

COP 30: Interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum, diz Lula


Lula faz discurso na cúpula de líderes pré COP30

Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante a abertura da sessão plenária da Cúpula do Clima em Belém, que "interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum".

A reunião de líderes é o encontro preparatório para a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será sediada pela capital paraense.

"Pela primeira vez, uma COP do clima terá lugar no coração da Amazônia. no imaginário global, não há símbolo maior do que a floresta amazônica", disse o presidente.

Segundo o petista, "é o momento de levar a sério os alertas da ciência".

Após a fala do presidente, os demais líderes apresentam seus discursos formais sobre o combate às mudanças climáticas e o financiamento da transição verde.

🎥Clique aqui para acompanhar a transmissão ao vivo.

Lula chega para cúpula de líderes da COP30 em Belém

COP30 em Belém

O evento reúne líderes de países florestais tropicais e nações parceiras na agenda ambiental.

Ao longo do dia, Lula participará de reuniões bilaterais, fará discursos em plenária e presidirá uma mesa temática sobre florestas e oceanos.

Ao meio-dia, Lula terá uma reunião bilateral com o príncipe de Gales, William, e com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. O encontro ocorrerá em uma sala reservada da Presidência e deve tratar de cooperação climática e investimentos verdes, temas prioritários da política ambiental brasileira.

Às 15h, o presidente se reunirá também com o presidente da França, Emmanuel Macron, em uma segunda reunião bilateral. A expectativa é que discutam projetos conjuntos de preservação florestal e financiamento internacional para o Fundo Amazônia.

Financiamento global

As presidências da COP29 (Azerbaijão) e da COP30 (Brasil) apresentaram oficialmente nesta quarta-feira (5), em Belém (PA), um plano ambicioso: mobilizar ao menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para financiar ações contra a crise climática, com foco nos países em desenvolvimento.

Batizado de Roteiro de Baku a Belém, o documento foi elaborado em parceria entre as duas presidências e propõe novas formas de arrecadar recursos, como taxas sobre aviação, bens de luxo e grandes fortunas — além de reformas no sistema financeiro global para liberar crédito e aliviar dívidas de nações mais pobres.

O texto não tem força de tratado internacional nem será objeto de negociação entre países, mas funciona como um guia político e técnico para transformar promessas em dinheiro real.

A ideia é criar um consenso mínimo sobre como escalar e dar previsibilidade aos investimentos em adaptação (para lidar com os impactos já inevitáveis, como secas e enchentes), mitigação (redução das emissões de gases de efeito estufa) e transição energética (substituição gradual dos combustíveis fósseis por fontes limpas).

Anunciantes

Baixe o nosso aplicativo

Tenha nossa rádio na palma de sua mão hoje mesmo.