Linha 4-Amarela, da ViaQuatro, chega ao 2º dia em via única e com lentidão após descarrilamento
A Linha 4-Amarela, da concessionária ViaQuatro, segue operando em via única, com velocidade reduzida e maiores intervalos entre os trens na noite desta quarta-feira (10) entre as estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi.
O trecho foi danificado após o descarrilamento de uma composição na manhã da terça-feira (9). Durante o descarrilamento, um equipamento de sinalização de via foi danificado. O dispositivo precisará ser substituído e, como vem da França, não há previsão para que o reparo seja concluído.
Por este motivo, a circulação dos trens segue ainda sem prazo para normalização.
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Segundo a concessionária, o intervalo é regular somente entre as estações São Paulo–Morumbi e Luz.
Por volta das 19h desta quarta, o movimento na estação era tranquilo. Apesar do intervalo maior do que o habitual, os passageiros estavam conseguindo embarcar nos trens. Os ônibus do Paese, que operam gratuitamente no trecho afetado, estavam partindo antes de filas se formarem no local.
Na manhã desta quarta, porém, a situação foi diferente. A operação, que havia sido interrompida no trecho afetado pelo descarrilamento, foi retomada às 4h40 em via única, com velocidade reduzida e intervalos maiores entre o trecho afetado.
Para evitar superlotação nas plataformas, o acesso às estações foi controlado, o que provocou longas filas durante a manhã.
Estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela
Divulgação/ViaQuatro
A concessionária também disponibilizou nove ônibus do Expresso Taboão para reforçar a operação e evitar atraso dos passageiros e superlotação das plataformas.
A linha que sai do Largo do Taboão e vai direto para a Vila Sônia, agora também passa na estação São Paulo-Morumbi para atender a demanda de passageiros no trecho mais complicado da linha.
Linha 4-Amarela opera nesta quarta com lentidão e em via única no trecho onde ocorreu descarrilamento de trem
Descarrilamento
O acidente ocorreu às 9h59 na terça, logo após o trem deixar a Estação Vila Sônia, na Zona Oeste de São Paulo, em direção à Luz, no Centro. O último carro da composição saiu dos trilhos e a estrutura do veículo chegou a partir ao meio.
O trem envolvido no incidente já foi removido, mas agora é preciso fazer o reparo do trecho de linha onde houve o acidente com a locomotiva. A ViaQuatro afirmou que recolocou o trem que descarrilou no trilho às 18h39, cerca de 9 horas depois do descarrilamento.
Operação na Linha 4-Amarela na manhã desta quarta-feira (10) tem filas enormes no acesso às estações, após descarrilamento de trem na manhã de terça (9).
Hermínio Bernardo/TV Globo
Durante o acidente, três passageiros precisaram de atendimento médico no local após terem crise nervosa, mas ninguém foi encaminhado ao hospital, segundo a ViaQuatro.
Logo após o descarrilamento, a estação Vila Sônia foi esvaziada, e até mesmo os funcionários dos quiosques tiveram que deixar o local.
Operação na Linha 4-Amarela na manhã desta quarta-feira (10) tem filas enormes no acesso às estações, após descarrilamento de trem na terça (9).
Hermínio Bernardo/TV Globo
Trem com passageiros da Linha 4-Amarela descarrila e parte ao meio
Reprodução
Arte mostra onde ocorreu descarrilamento
Arte/g1
1º descarrilamento da história
O descarrilamento do trem ocorrido na terça foi o primeiro na história da Linha 4-Amarela, que teve a operação comercial iniciada há mais de 15 anos, em junho de 2010. A Concessionária ViaQuatro obteve a concessão da linha pelo período de 30 anos.
Em 2025, houve outros três descarrilamentos de trens nas linhas da Grande São Paulo, todos na CPTM, segundo levantamento da TV Globo:
25 de agosto: descarrilamento entre as estações Luz e Palmeiras Barra-Funda, da Linha 7-Rubi;
27 de junho: descarrilamento entre as estações Luz e Brás, da Linha 11-Coral;
29 de janeiro: descarrilamento no Pátio Roosevelt, na região do Brás.
Vídeos feitos por passageiros mostram o desespero e a tensão vividos dentro do túnel após o ocorrido na terça. Nas gravações, é possível ouvir a angústia de quem não sabia como agir.
Um segurança apareceu perguntando se havia feridos e pediu que todos permanecessem sentados. Em meio ao medo, um funcionário tenta tranquilizar as pessoas: “não vem nenhum trem”.
Pouco depois, os passageiros foram orientados a desembarcar e caminhar pelos trilhos no escuro até retornarem à estação Vila Sônia. Algumas pessoas demonstraram medo de sair da composição.
Problema na estação Vila Sônia da Linha 4-Amarela do Metrô afeta a circulação de trens.
Reprodução