
Diabo Loiro: influenciador preso em operação contra PCC atuou em ataques de 2006
Eduardo Magrini, conhecido como “Diabo Loiro”, foi preso nesta quinta-feira (30) no âmbito da operação que mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil.
Nas redes sociais, Eduardo se apresenta como “influencer digital” e compartilha com 105 mil seguidores fotos com carros de luxo, em viagens e rodeios.
Nas postagens, ele se diz amigo do campeão do UFC Charles do Bronx e mostrou ter ganho um relógio Rolex do cantor MC Ryan SP. O lutador e o músico não são alvos da operação.
Atuação nos ataques de 2006
PM e Ministério Público fazem operação contra lavagem de dinheiro
Eduardo Magrini já possui passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos. Ele é apontado pelo Ministério Público como um membro importante do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Magrini seria um dos envolvidos nos ataques do PCC ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo em 2006. Ele teria atuado também na “sintonia FM”, setor que administra pontos de venda de droga da facção.
🔎Em maio, julho e agosto de 2006, a capital e cidades do interior de São Paulo foram alvos de ataques do PCC que levaram pavor e insegurança às ruas. Membros da facção fizeram rebeliões simultâneas e atentados coordenados. Relembre aqui.
Segundo o MP, Magrini tinha papel de destaque na facção, mas estaria "adormecido", aparentemente alheio à facção criminosa.
"Não obstante, ele tinha e tem ligação profunda com o crime organizado na região, envolvido, inclusive com os ataques realizados pelo PCC em 2006", apontou o MP, na denúncia que deu origem à operação.
Eduardo Magrini, conhecido como 'Diabo Loiro', apontado como membro importante do PCC
Reprodução/Instagram
Operação desta quinta
A operação deflagrada nesta quinta-feira (30) mira um esquema de lavagem de dinheiro ligado a dois dos traficantes mais procurados do Brasil: Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”.
Entre os alvos estão integrantes da facção criminosa PCC, empresários, agiotas e influenciadores digitais.
Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto entre policiais e um dos investigados. O suspeito morreu no local, e um policial militar foi baleado e encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde recebe atendimento médico.
Foram emitidos nove mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas, incluindo o bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias.
As buscas são em condomínios de alto padrão de Campinas, como Alphaville, Entreverdes, Jatibela e Swiss Park, entre outros. Os mandados também serão cumpridos ao longo da manhã em Mogi Guaçu (SP) e Artur Nogueira (SP).
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