
Ciro Nogueira ao lado do então presidente Jair Bolsonaro, em imagem de 2022
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Jair Bolsonaro (PL) a receber visitas dos presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do PL, Valdemar Costa Neto, e de outros políticos nos próximos dias.
As visitas vão ocorrer em um contexto de turbulências no campo da direita, que está dividido em relação a quem será o candidato desse espectro ideológico nas eleições presidenciais de 2026.
Bolsonaro está impedido de disputar o próximo pleito e aliados tentam chegar a um consenso sobre quem apoiarão na eleição, na qual devem ter o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como principal adversário.
Em entrevistas, Ciro Nogueira já disse que, na sua avaliação, os dois principais nomes da direita para uma disputa presidencial são os dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD).
As declarações irritaram o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que tenta reunir apoios de lideranças conservadoras em torno de uma eventual candidatura.
O União, de Caiado, e o PP, de Ciro Nogueira, são partidos aliados e formam na Câmara dos Deputados a federação União Progressista.
Como está preso preventivamente em regime domiciliar, por descumprimento de ordens judiciais, Jair Bolsonaro precisa de autorização de Moraes para receber visitas.
Em decisão desta segunda-feira (6), o ministro do STF autorizou Ciro Nogueira, que foi ministro da Casa Civil na gestão Bolsonaro, a visitar Bolsonaro na próxima quinta-feira (9). Já a visita de Valdemar Costa Neto está prevista para o dia 20 de outubro.
Além disso, Moraes autorizou as seguintes visitas ao ex-presidente:
Marcus Antonio Ibiapina, assessor de Valdemar Costa Neto, no dia 10 de outubro
Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia, no dia 13 de outubro
Marcos Pontes (PL-SP), senador, no dia 14 de outubro
Márcio Bittar (União Brasil-AC), senador, no dia 16 de outubro
Sóstenes Cavalcante (RJ), deputado e líder do PL na Câmara, no dia 17 de outubro
Grupo de orações
Além das permissões para a visita de políticos, Alexandre de Moraes também autorizou a ida, à casa em que Bolsonaro está preso, de integrantes de um grupo de orações, do qual a sua esposa Michelle faz parte.
O grupo é composto por 16 pessoas e poderá ir à casa de Bolsonaro nesta quarta-feira (8), conforme a decisão do ministro do Supremo.

