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'Em segundos, muda a vida toda': vítima de atropelamento deve ficar em recuperação por 1 ano


'Em segundos, muda a vida': vítima de atropelamento deve ficar em recuperação por 1 ano

'Em questão de segundos, muda a vida toda". Foi assim, de forma inesperada, que a vida do operador de máquina Júlio César de Brito, de 38 anos, sofreu uma grande transformação. Ele foi vítima de atropelamento ao atravessar uma avenida de Indaiatuba (SP), e agora deve ficar pelo menos um ano em recuperação.

Júlio entrou para uma estatística que tem crescido no estado de São Paulo: a de pessoas que precisaram de internação por atropelamentos. Entre janeiro e agosto, mais de 4,3 mil pedestres foram hospitalizados após serem atingidos por carros, motos, ônibus ou caminhões.

O morador de Indaiatuba foi atropelado por uma moto em agosto. Uma câmera de vigilância registrou o atropelamento - assista acima.

Ele narra que um carro chegou a parar para sua passagem, mas uma moto ultrapassou pela direita e o acertou. O operador cai na avenida, e por pouco não é atingido por outros veículos.

"Eu senti o vento dos carros passando do lado, por pouco que eu não fui atropelado ali mais vezes", recorda.

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Júlio César de Brito, de 38 anos, foi vítima de atropelamento ao atravessar avenida de Indaiatuba (SP) em agosto de 2025

Reprodução/EPTV

O operador havia saído de casa para comprar um refrigerante na hora do jantar, e jamais imaginaria que seria vítima de um atropelamento.

"Na hora de atravessar a avenida, que é bem movimentada, o pessoal não respeita o sinal de pare. Aguardei no canteiro central, um carro parou na faixa da direita. Assim que deu o tempo, estou atravessando na faixa de pedestre, aí nisso vem um rapaz de moto e atravessa pela direita do carro. Por Deus que eu não perdi o pé ali na hora", relata.

Júlio conta que o motociclista que o atingiu voltou para prestar socorro.

Por conta do acidente, ele ficou 15 dias internado e passou por duas cirurgias. Ainda deve ficar um ano com a gaiola na perna, incluindo outras cirurgias de reparação e de retirada do próprio equipamento.

Júlio César de Brito, de 38 anos, foi vítima de atropelamento ao atravessar avenida de Indaiatuba (SP) em agosto de 2025

Reprodução/EPTV

Orientações

Especialista em mobilidade urbana, Luiz Vicente explica que o aumento das internações por atropelamentos tem relação com a velocidade das vias.

"O que acontece muitas vezes é que o veículo tem uma velocidade, aceleração muito alta muitas vezes em relação a essa via que está circulando. Um trabalho sempre relacionado à redução do limite de velocidade aumenta a reação das pessoas que estão dirigindo e contribui significativamente nessa redução de atropelamentos e internações", afirma.

O especialista destaca que cumprir as regras de trânsito faz com que o tempo de reação seja maior, e orienta sobre a importância de manter o foco não apenas na direção, mas no entorno.

"Não utilizar aparelho celular, não olhar para os lados, olhar sempre para frente e focado, na verdade, no entorno, porque não é uma direção só para você, é uma direção para todos, para que de fato nós tenhamos uma redução e não um aumento como nós estamos vendo aqui no estado, e infelizmente na região também", completou.

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