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Equipes passam a noite combatendo fogo em santuário natural de MS


Equipes combatem fogo durante a noite na Serra do Amolar

O incêndio que atinge a Serra do Amolar, em Corumbá (MS), desde o último sábado (27), continua se espalhando pela região nesta terça-feira (30) e equipes se mobilizaram durante a noite para combater as chamas.

Além da Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o combate deve receber apoio de dois aviões da Defesa Civil e de um helicóptero do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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O fogo teve início no pico de um morro, a cerca de 800 metros de altura e o IHP aponta que as chamas podem ter sido causadas pela queda de um raio. O local é de difícil acesso e fica distante cerca de 8 horas de navegação pelo rio Paraguai, partindo de Corumbá

Primeiro registro

O mês de setembro é considerado crítico para a região onde está inserida a Serra do Amolar, no pantanal de Mato Grosso do Sul, já que a época é de estiagem e altas temperaturas.

Contudo, segundo o IHP, é a primeira vez que a região registra incêndio em 2025.

Patrimônio da humanidade

A Serra do Amolar é considerada Patrimônio Natural da Humanidade e se destaca, sobretudo, por ser corredor natural para onças-pintadas, além de possuir espécies de flora intocadas.

O terreno e as paisagens da grande formação rochosa se diferem do restante do bioma pantaneiro é formada por 80 km de extensão de morros, que chegam a ter quase 1 mil de altitude. O território possui áreas com características de Mata Atlântica, do Pantanal e de Amazônia, o que resulta em uma rica biodiversidade.

Localizada em Corumbá (MS), só é possível chegar na Serra do Amolar através do rio Paraguai ou então por meio aéreo.

Entre as espécies encontradas no local e são ameaçadas pelo fogo estão cerca de 3,5 mil espécies de plantas; 325 espécies de peixes; 53 espécies de anfíbios; 98 espécies de répteis; 656 espécies de aves; e 159 tipos de mamíferos.

Além da biodiversidade, a região tem uma importância significativa para o ciclo de cheia no Pantanal.

Chamas começaram no pico do morro, a mais de 800 metros de altura.

Reprodução/IHP

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