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Família de Juliana Marins alerta para vaquinhas falsas: ‘Não estamos pedindo dinheiro para ninguém’


Niteroiense fazia um mochilão pela Ásia e, na madrugada de sábado (21), no horário local, despencou em penhasco no caminho do cume do Monte Rinjani. Este já é o 4º dia de buscas na Indonésia. A família da niteroiense Juliana Marins que caiu dentro de um vulcão durante trilha no Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais procurados da Indonésia, usou as redes sociais na manhã desta terça-feira (24) para denunciar que criminosos estão se passando por parentes para pedir dinheiro, em vaquinhas virtuais, para ajudar no resgate da jovem.

“Não temos vaquinha ativa, nem estamos pedindo dinheiro para ninguém em redes sociais. Esses perfis são fake (sic)! Não estamos pedindo dinheiro para ninguém! Denunciem esses perfis!”, informou o perfil @resgatejulianamarins, criado por parentes e único canal oficial de informações.

Em publicação, família alerta sobre golpe na internet

Reprodução

Esta terça é o 4º dia de buscas pela turista. Na madrugada no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o perfil criado pela família de Juliana para concentrar as informações oficiais informou que os socorristas desceram 400 metros pela encosta, “mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650 metros de distância”. “Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem.”

A equipe do resgate de Juliana Marins terá de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta do Monte Rinjani para chegar até a jovem, que no sábado (21) caiu no penhasco do vulcão.

Mapa compara a altura do Rinjani com o Corcovado

Infografia: Veronica Medeiros/g1

⛰️Entenda o tamanho do desafio

O pico do Rinjani tem 3.726 metros de altitude;

O ponto da trilha onde Julia caiu está entre 3.000 metros e 3.100 metros acima do nível do mar;

No sábado, horas após a queda, um drone localizou Juliana a 300 metros penhasco abaixo;

Mas a jovem continuou deslizando pelo precipício e caiu ainda mais — a estimativa da família é que Juliana parou a 650 metros;

Para comparação, o Morro do Corcovado tem 710 metros, mais os 38 metros da estátua;

Isso significa que, para alcançar Juliana, os socorristas precisariam descer quase um Corcovado pelo paredão do Rinjani;

Lara Fassarella Pierri, amiga de Juliana, acredita que a niteroiense possa estar ainda mais abaixo, a 950 metros — ou quase um Corcovado somado a um Pão de Açúcar.

Sem turistas

O Parque Nacional do Monte Rinjani anunciou na madrugada desta terça no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o fechamento temporário da trilha para o cume do vulcão. A medida foi tomada para acelerar o trabalho de resgate de Juliana.

“A trilha de escalada de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada, a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado (até que o processo de evacuação seja oficialmente concluído)”, diz o comunicado.

Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia

Redes sociais

Segundo a família de Juliana, “as autoridades do parque confirmaram que fecharam o último trecho da trilha, onde estão sendo realizadas as operações de resgate, para evitar a curiosidade dos turistas”. Parentes disseram que uma furadeira e um helicóptero podem ser usados.

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Em 5 anos, 80 acidentes e 8 mortes

O parque nacional da Indonésia, onde brasileira Juliana Marins caiu dentro de um vulcão durante trilha no Monte Rinjani, um dos destinos turísticos mais procurados da região, registrou 8 mortes e 180 acidentes nos últimos 5 anos.

Segundo dados do próprio governo indonésio, divulgados em março deste ano, o Parque Nacional registrou um aumento expressivo de casos nos últimos anos.

O número de ocorrências quase dobrou no ano passado em relação a 2023.

De acordo com dados Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, em 2021 foram 21 casos. No ano seguinte, 33 ocorrências. Por sua vez, em 2022 foram 31 incidentes. Ainda segundo o documento, em 2023 foram registrados 35 acidentes. No ano passado, o número subiu para 60.

Do total de acidentados registrados, 44 foram turistas estrangeiros e 136 turistas locais.

Mortes

2020: 2 mortes

2021: 1 morte

2022: 1 morte

2023: 3 mortes

2024: 1 mortes

Acidentes

2020: 21 casos

2021: 33 casos

2022: 31 casos

2023: 35 casos

2024: 60 casos

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