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Galípolo diz que o PIX é 'estratégico e crítico' para o Brasil e deve ser gerenciado pelo BC


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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (6) que é fundamental preservar o PIX como “infraestrutura pública digital”. A defesa da autonomia do PIX como serviço público foi feita em palestra no evento Blockchain Rio, sem citar a pressão que o governo dos Estados Unidos exerce sobre o sistema nacional de pagamentos instantâneos.

“O PIX é estratégico e crítico para o Brasil, por isso deve ser gerenciado pelo BC”, disse Galípolo, defendendo que a tecnologia foi responsável pela bancarização de milhares de brasileiros. Atualmente, o meio responde por 76,4% da preferência de uso da população.

Ele ainda defendeu a autonomia do Banco Central aliada a recursos que financiem não apenas as inovações propostas pela autarquia, mas também a oferta de novos serviços. “Há um custo para inovar. O BC precisa de um arcabouço que sustente as melhorias já implantadas no sistema e permita continuar entregando excelência à população”, afirmou.

PIX sob investigação

Em julho, o Escritório do Representante de Comércio (USTR, na sigla em inglês) informou que os Estados Unidos abriram uma investigação contra o PIX. Embora não seja nominalmente citado no processo, o documento fala sobre “serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”.

"O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo", diz o USTR.

O processo também cita que o Brasil "se envolve em uma variedade de atos, políticas e práticas que podem prejudicar a competitividade das empresas americanas que atuam no comércio digital e em serviços de pagamento eletrônico".

Especialistas ouvidos pelo g1 destacam que aspectos como o embate com as big techs e a concorrência com bandeiras de cartões de crédito americanas ajudariam a explicar a ofensiva dos EUA. Ainda assim, eles acreditam que não há razões consistentes para questionar o serviço de pagamento.

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