Polícia Civil durante cumprimento de mandado de busca e apreensão no endereço de um dos investigados
Polícia Civil / Divulgação
Operação "Sombra financeira" deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (13) em Santarém, Belém, Ananindeua e Castanhal, no Pará, cumpre mandados de prisão, busca e apreensão contra investigados de participação no esquema criminoso de falso consórcio, que teria movimentado mais de meio milhão de reais. A ação é um desdobramento de uma investigação iniciada pela PC do Paraná em janeiro de 2023.
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Em Santarém, uma mulher foi presa na residência dela no bairro São Francisco. Segundo informações da polícia, as investigações apontam que a mulher ocupa um cargo relevante na organização criminosa.
Segundo o diretor da 16ª Seccional Urbana de Santarém, delegado Kleidson Castro, o mandado cumprido no bairro São Francisco é de prisão temporária e visa garantir a transparência das investigações.
"Na manhã de hoje, a Polícia Civil de Santarém, dando apoio à Polícia Civil do Estado do Paraná, deu cumprimento a um mandado de prisão temporária em desfavor de uma nacional que mora no bairro São Francisco, com o objetivo de assegurar a lisura das investigações. O crime que está sendo investigado é de estelionato, onde um suposto grupo criminoso estaria manipulando pessoas e praticando diversas fraudes, e essa pessoa que foi presa é um das suspeitas. Não se tem ainda um processo judicial, o caso ainda está em fase de investigação", disse Kleidson Castro.
A Polícia Civil do Pará também cumpriu mandados de busca e apreensão em um escritório no bairro do Umarizal em Belém, no bairro Cidade Nova em Ananindeua e bairro Imperador na cidade de Castanhal.
Ao menos 10 prisões foram realizadas na terceira fase da operação em outros estados brasileiros, onde o grupo criminoso agia.
Investigações apontaram que os criminosos atuavam criando falsos consórcios. O esquema prometia facilitar a compra de bens, como casas e automóveis. Para convencer as vítimas, os golpistas usavam call center clandestinos que tinham metas de vendas e distribuição dos lucro de acordo com a quantidade de vítimas.
Polícia desarticula grupo do golpe do falso consórcio
As vítimas eram induzidas a assinar contratos e efetuar pagamentos, mas nunca recebiam os bens. Para convencer as vítimas, os golpistas usaram ao menos cinco empresas de fachada, sistemas digitais e grupos de mensagens.
Depois de passarem um período recebendo o pagamento do falso consórcio, os golpistas desapareciam com o dinheiro e não atendiam mais as ligações. Segundo a polícia, a fraude movimentou mais de R$ 500 milhões.
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