Risco do metanol: autoridades do Piauí se mobilizam após casos suspeito de intoxicação

O Piauí registrou, nesta segunda-feira (6), a terceira suspeita de intoxicação por metanol. O estado segue protocolos específicos para confirmar os casos. Veja como funciona o processo de identificação.

Os sintomas se parecem com os de uma ressaca, mas pioram com o tempo. Incluem náuseas, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça forte, confusão, tontura e problemas de visão. Em até dois dias após a ingestão, o metanol pode causar falência de órgãos como coração, pulmões e rins.

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A perita criminal da Polícia Civil, Fernanda Sampaio, destaca que os atendimentos a pacientes com suspeita de intoxicação são prioridade: "a gente precisa agir logo", afirmou em entrevista à Rede Clube.

“A pessoa precisa saber se tem metanol no corpo para receber o tratamento certo. O atendimento começa na unidade de saúde. O médico avalia os sintomas e envia o formulário à rede estadual. O Ministério da Saúde também é informado”, explicou Fernanda.

Casos suspeitos são enviados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), que reúne os dados e aciona as equipes responsáveis.

Segundo Fernanda, a presença de metanol no organismo é identificada por meio de exame de alcoolemia, que detecta também o etanol.

No Instituto de Criminalística, a equipe de química forense analisa o líquido presente nas bebidas.

A Vigilância Sanitária investiga e fiscaliza os locais e bebidas que podem estar ligados aos casos de intoxicação.

O Ministério da Saúde acompanha os casos e só envia o antídoto se os exames confirmarem a intoxicação. O Piauí não possui o medicamento em estoque.

Além do antídoto, o tratamento pode incluir hemodiálise, uso de bicarbonato, ácido fólico ou folínico e cuidados de suporte.

A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi), via CIEVS, oferece atendimento 24h para notificação de casos suspeitos. O telefone é (86) 99497-0993.

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Getty Images via BBC

*Estagiária sob supervisão de Lucas Marreiros.

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