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Israel volta a atacar o sul do Líbano após interceptar tentativa de ataque na fronteira


Segundo governo libanês, 1 pessoa morreu e 3 ficaram feridos no ataque. Nova ofensiva rompe trégua que encerrou guerra entre Israel e Hezbollah. Soldado israelense na fronteira de Israel com o Líbano

Avi Ohayon/Reuters

Depois de uma trégua de quatro meses, Israel voltou a atacar o Líbano neste sábado (22).

O Exército israelense bombardeou o sul do Líbano, reduto do Hezbollah, grupo extremista com o qual entrou em guerra no ano passado. O ataque ocorreu nesta manhã -- madrugada pelo horário de Brasília — e deixou uma pessoa morta e três feridos, segundo o governo libanês.

O governo de Israel afirmou que o ataque foi uma resposta após o Hezbollah ter dispardo foguetes em direção ao território israelense, no norte do país. Os foguetes foram interceptados, segundo as forças israelenses.

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Os novos ataques ameaçam a trégua ainda em vigor entre Israel e Hezbollah. O Exército israelense e o grupo extremista travaram uma guerra no ano passado que deixou milhares de mortos e criou um êxodo sem precedentes no Líbano, onde o Hezbollah atua.

No fim de novembro de 2024, as duas partes chegaram a um acordo de cessar-fogo que encerrou temporariamente os ataques.

Neste sábado, Israel atacou o sul do Líbano com bombardeios aéreos e fogo de artilharia. Segundo a agência de notícias estatal libanesa, a artilharia israelense atingiu duas cidades libanesas, enquanto ataques aéreos atingiram outras três cidades mais próximas da fronteira.

Antes do ataque, o Exército israelense disse ter interceptado três foguetes lançados de um distrito libanês a aproximadamente 6 km ao norte da fronteira. Foi o primeiro lançamento transfronteiriço desde o cessas-fogo.

Sobre os ataques, primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, disse que "todas as medidas devem ser tomadas para mostrar que o Líbano decide sobre questões de guerra e paz".

Mais cedo neste sábado (22), o ministro de Defesa de Israel havia afirmado que o governo do Líbano deve se responsabilizar por qualquer ataque lançado de seu território. E que as forças militares de Israel iriam responder "à altura". Além disso, o governo de Israel disse que investiga a origem dos ataques. O Hezbollah não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.

O conflito entre o país e o grupo configurou o momento mais mortal da guerra de Gaza. Um pouco antes do cessar-fogo, Israel eliminou os principais comandantes do Hezbollah, muitos de seus combatentes e grande parte de seu arsenal.

Trégua entre Israel e Hezbollah

Mediado pelos Estados Unidos, o acordo do cessar-fogo foi concluído em novembro de 2024. Contudo, nunca foi muito sólido por parte dos envolvidos. Eles chegaram a se acusar de romper o tratado apenas um dia após a trégua.

Em fevereiro deste ano, mesmo com o acordo, Israel informou que continuaria com tropas no sul do país. Mesma região que foi atacada neste sábado (22). Na época, estava em discussão uma nova extensão ao acordo de cessar-fogo entre o país e o grupo extremista.

*Com informações da agência de notícias Reuters

Israel confirma a morte de mais um comandante do Hezbollah

Reprodução/TV Globo

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