IML já identificou 109 mortos na operação de terça no RJ

Jamilli Rodrigues, que se mudou do Amapá para o Rio de Janeiro há cerca de três meses, vive com o marido e os dois filhos na Zona Sul da capital. Ela relembra os momentos de tensão durante a megaoperação policial realizada na última terça-feira (28), que terminou com mais de 120 mortos.

Mesmo distante da área de confronto, Jamilli conta que o clima de tensão se espalhou por toda a cidade. Durante a operação, o governo estadual emitiu alertas de segurança para a população.

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“Foi assustador. A gente nunca tinha vivido algo tão grande. Mesmo longe, no dia da operação, tudo fechou mais cedo e a cidade ficou em alerta. Embora fosse na Zona Norte, aqui na Zona Sul as pessoas ficaram mais quietas, com medo de que chegasse até aqui”, contou Jamilli.

Durante a operação, o metrô enfrentou superlotação e filas em várias estações. Com o caos nas ruas e bloqueios em vias importantes, muitos moradores buscaram o transporte como alternativa.

“O metrô estava uma loucura, cheio de gente tentando voltar para casa. Mesmo na Zona Sul, estava lotado, porque muita gente que trabalha aqui mora na Zona Norte. No dia da operação, recebi ligações de parentes preocupados. Eles viram tudo na mídia. Mas a cidade é grande e, felizmente, estávamos longe”, relembrou.

Relembra a megaoperação

A operação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho e cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.

A ofensiva resultou em confrontos intensos, especialmente na Serra da Misericórdia, onde dezenas de corpos foram encontrados por moradores e levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para facilitar o reconhecimento.

121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais

113 presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco

10 menores infratores apreendidos

91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver apreendidos

1 tonelada de drogas apreendida

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Reuters

Imagem de drone mostra corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro

Ricardo Moraes/Reuters

Agentes do Bope, durante operação no Complexo do Alemão

Ricardo Moraes/Reuters

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