De acordo com a decisão, a vítima estava "dopada, incapaz de oferecer resistência". Exame pericial constatou a presença de espermatozóides em conteúdo levado para análise em garrafa onde vítima cuspiu após Joaquim Portella ejacular, segundo depoimento. Vítima diz que técnico de enfermagem suspeito de estupro lhe deu comprimidos que a deixaram com sono
A Justiça do Rio decidiu manter a prisão em flagrante do técnico de enfermagem Joaquim Rodrigo Bandeira Portella, preso por suspeita de estuprar uma paciente dentro do hospital Getúlio Vargas, na Penha.
De acordo com o depoimento da vítima, ao qual o g1 teve acesso, Joaquim fez as seguintes ações contra a vítima dentro da enfermaria do hospital:
ofereceu comprimidos que deixaram a vítima sonolenta.
Depois, a ameaçou de morte com um líquido em uma seringa e ordenou que a mulher ficasse quieta.
passou a mão em partes íntimas da paciente no momento que deveria ter feito a higiene dela.
Posteriormente, segundo ela, utilizou um biombo para esconder a paciente da vista de outras pessoas que estavam na enfermaria.
Horas depois, já na madrugada desta quinta, Joaquim voltou ao leito de enfermagem, se masturbou na frente dela, colocou o pênis na boca da vítima e ejaculou.
De acordo com a decisão, a vítima estava "dopada, incapaz de oferecer resistência" por estar internada há 10 dias no hospital devido a um acidente de trânsito, incapaz de se mover. O documento diz ainda que ela pediu ajuda aos familiares durante e após o ocorrido.
Segundo a polícia, um exame pericial constatou a presença de espermatozóides em conteúdo levado para análise dentro de uma garrafa, onde a vítima cuspiu após o estupro. Na delegacia, Joaquim se recusou a fornecer material biológico para fazer comparação.
Joaquim será levado para o Instituto Médico Legal antes de ser encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP)
Anestesista foi acusado de estupro em 2022; relembre o caso
Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que repudia o caso e que a direção do hospital, assim que tomou conhecimento do caso, "comunicou à Secretaria e à Fundação Saúde, gestora da unidade, e todas as medidas cabíveis foram adotadas. Uma equipe do hospital acompanhou a família na delegacia. A Fundação Saúde já determinou à empresa terceirizada o desligamento imediato do funcionário."
Veja a nota da Secretaria de Saúde na íntegra:
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) e a direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV) repudiam o episódio denunciado por familiares da paciente envolvendo um profissional terceirizado que atuava na unidade.
Assim que tomou conhecimento do caso, na manhã desta quinta-feira (15), a direção do hospital comunicou à Secretaria e à Fundação Saúde, gestora da unidade, e todas as medidas cabíveis foram adotadas. Uma equipe do hospital acompanhou a família na delegacia. A Fundação Saúde já determinou à empresa terceirizada o desligamento imediato do funcionário.
A Secretaria está à disposição das autoridades policiais para colaborar com as investigações.
Uma equipe multidisciplinar foi designada para prestar apoio e acompanhamento psicológico à paciente e à família.