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Justiça torna réus cinco envolvidos na morte de ciclista em corrida de charretes


Cinco pessoas responderão por homicídio triplamente qualificado consumado e tentado, sendo que duas estão foragidas e três foram presas. A vítima Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, foi atropelada e morreu enquanto pedalava na faixa de areia em Itanhaém (SP). Rudney Gomes Rodrigues, Fabiano Helarico Ribeiro e Karina Santos Ribeiro foram presos pela morte de Thalita Danielle Hoshino em Itanhaém, SP

Reprodução, Polícia Civil, Diego Bertozzi/TV Tribuna e Redes Sociais

As cinco pessoas investigadas por envolvimento na corrida de charretes que resultou na morte da turista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, se tornaram rés por homicídio triplamente qualificado. Conforme apurado pelo g1, a Justiça também decretou a prisão preventiva dos acusados. A decisão foi tomada na 2ª Vara Criminal de Peruíbe (SP).

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Thalita foi atropelada no dia 23 de março enquanto pedalava pela faixa de areia e morreu dois dias depois no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande (SP), em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). Um vídeo obtido pela equipe de reportagem mostra o momento em que ela é atingida por uma das charretes (assista abaixo).

Além da morte de Thalita, os réus também vão responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra a fisioterapeuta Gabriela Ferreira Neves de Andrade, de 26 anos, que estava com a vítima no momento do atropelamento.

Ambos os crimes foram denunciados como cometidos com dolo eventual, ou seja, quando o autor assume o risco de matar.

Racha de charrete em praia: flagrantes mostram corridas ilegais pelo Brasil

Reprodução

Quem são os réus?

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) concluiram que cinco pessoas participaram do chamado "racha de charretes", sendo que dois homens estão foragidos e três foram presos. Veja quem são:

Rudney Gomes Rodrigues, de 31 anos, foi apontado como o condutor da charrete que atropelou e matou a turista. Ele foi preso em 29 de março e negou que estivesse participando de um evento de corrida, alegando que estava "conhecendo" a égua comprada há um mês.

Fabiano Helarico Ribeiro, de 29 anos, foi o segundo preso por participar do racha com charretes. Ele foi localizado em 11 de abril, em São Bernardo do Campo (SP), após ter o carro monitorado por radares.

Karina Santos Ribeiro foi presa após se apresentar na delegacia de Praia Grande no último dia 16. A mulher é esposa de Rudney e estaria dirigindo um veículo na faixa de areia no momento do acidente.

Salvador Marcelo Gozza e Eder Manoel Bimbati da Silva ainda estão foragidos.

Medidas

Bloqueio com pedras foi instalado na faixa de areia de praia em Itanhaém, SP, após morte de ciclista atropelada

Yasmin Braga/TV Tribuna

Os secretários de segurança das cidades se reuniram com representantes das polícias Civil e Militar na Delegacia Seccional de Itanhaém, no último dia 1°. As autoridades saíram da reunião com duas providências a serem tomadas:

➡️Instalação de câmeras capazes de girar 360° e com a possibilidade de zoom. De acordo com o secretário municipal de segurança pública de Peruíbe, Cristhian Rodrigues, as imagens vão fiscalizar e prevenir possíveis ações criminosas em diferentes pontos da praia.

➡️Outra medida definida foi o patrulhamento conjunto preventivo com revezamento de viaturas no limite entre as duas cidades. Conforme apurado pela TV Tribuna, afiliada da Globo, os guardas devem ficar no local todos os dias, das 7h às 17h.

➡️Antes disso, a Prefeitura de Itanhaém ergueu um bloqueio com pedras na faixa de areia da Praia do Santa Cruz para impedir a passagem de veículos e charretes na parte arenosa.

Momentos antes do acidente

Vídeo mostra ciclista atropelada por charrete momentos antes de acidente em praia

Nas imagens gravadas por Thalita, ela aparece sorrindo e chega a cantar enquanto andava de bicicleta na praia. A mulher estava acompanhada da amiga Gabriela, que pode ser vista no fundo do vídeo, pois estava alguns metros atrás da vítima.

Ao g1, Gabriela contou que a gravação foi registrada “segundos antes” do atropelamento. No fim do vídeo, é possível ver que ela chegou a alertar Thalita sobre a presença de um veículo vindo na direção delas. “Ó o carro”, gritou.

Segundo a jovem, passaram ao menos dois carros e duas charretes, estas puxadas por cavalos, todos em alta velocidade. Foi uma das charretes, no entanto, que acertou a vítima.

Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, sonhava em morar na praia

Arquivo pessoal

Saiba quem era Thalita Hoshino, a ciclista que morreu atropelada por uma charrete na praia

A vítima sonhava em morar na praia. De acordo com Gabriela, Thalita era moradora de São Bernardo do Campo (SP), trabalhava na área de tecnologia e estava no litoral paulista, acompanhada de amigos, para um passeio.

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