Imagem aérea do Centro de Teresina, Piauí, em 16 de agosto de 2021
Magno Bonfim/ TV Clube
Teresina tem pelo menos 4.048 moradias em risco alto e 116 em risco muito alto, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A capital foi uma das 10 cidades do Brasil escolhidas para compor o projeto Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR), instrumento do Serviço Geológico do Brasil (SGB), que visa propor medidas para a redução dos impactos, como obras de infraestrutura e de saneamento.
Nesta terça-feira (22), o g1 conversou com o engenheiro pesquisador do IPT (órgão subcontratado pelo SGB), Gabriel Matos, sobre o andamento do mapeamento em Teresina.
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Segundo ele, a primeira etapa do plano foi realizada pelo SGB, entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano. Nessa fase, uma equipe formada por quatro geólogos mapeou regiões [ou setores] com ocorrência de deslizamentos, erosão, inundação, enxurradas ou queda de blocos. Os locais foram divididos em categorias de risco médio (R2), risco alto (R3) ou risco muito alto (R4).
Após esse estágio, o IPT começou, em 14 de julho, a revisitar as regiões consideradas de maior risco a fim de sugerir obras e intervenções não estruturais que sejam capazes de reduzir ou eliminar o risco. As pesquisas devem estender-se até o começo de agosto.
"Temos visto os padrões de ocupação nos entornos das lagoas na região do Aeroporto e Zona Norte da cidade, que realizam a execução de aterros lançados, mal compactados, em direção ao centro da lagoa, e que às vezes até as cruzam, dividindo-as ao meio, o que pode potencializar/agravar cenários de inundação futuros. Também temos observado a questão das inundações provocadas pelo rio Poty e a influência do rio Parnaíba nesse processo", explicou Gabriel Matos.
"Até o momento, foram mapeados um total de 166 setores de risco, sendo eles: 94 setores de risco médio, 65 de risco alto e 7 de risco muito alto", diz Gabriel.
O projeto, chamado Periferia Viva, é da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), ligada ao Ministério das Cidades, e visa melhorar as condições de vida nas periferias do país com políticas públicas integradas com a comunidade local.
A Defesa Civil de Teresina também acompanha a pesquisa de campo.
*Eduarda Barradas, estagiária sob supervisão de Ilanna Serena.
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