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Menino autista de sete anos encontra no muay thai uma forma de se desenvolver: 'Ele não sabia nem correr', diz avô


Com o apoio dos avós e dedicação aos treinos, Gabriel Consolaro, de Araçatuba (SP), desenvolveu habilidades motoras, ganhou confiança e virou inspiração para colegas mais velhos da academia. Menino com autismo de Araçatuba descobre paixão por muay thai

Aos sete anos, o pequeno Gabriel Consolaro, morador de Araçatuba (SP), tem mostrado que o esporte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação. Diagnosticado com autismo nível 1, o menino encontrou no muay thai não apenas uma atividade física, mas a nova maneira de se comunicar, aprender e evoluir.

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Com luvas nas mãos e muita determinação, Gabriel já mostra sua força logo cedo, às oito da manhã, quando sobe no tatame para mais um treino. Segundo a família, os impactos da prática esportiva vão muito além dos chutes e socos. “Estou me sentindo muito bom, mais forte”, conta o garoto à TV TEM.

Aos sete anos, Gabriel tem mostrado que o esporte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação.

Reprodução/TV TEM

O interesse pelo muay thai surgiu há menos de um ano, mas já virou rotina. A atividade tem trazido benefícios visíveis para Gabriel, tanto no desenvolvimento físico quanto emocional. E ele não está sozinho nessa jornada: sua avó, Cláudia Consolaro, decidiu acompanhá-lo e acabou entrando no tatame. “Achei que não ia aguentar, mas estou me sentindo bem”, conta ela, que diz nunca ter imaginado praticar a arte marcial.

O professor João Vitor Rodrigues lembra que Gabriel chegou tímido e mais fechado, mas foi se soltando com o tempo. “Fomos trabalhando a socialização, disciplina, força física e coordenação motora. Só depois disso, começamos de fato a técnica do muay thai”, explica.

Gabriel realiza os treinos ao lado de sua avó Claudia.

Reprodução/TV TEM

Para o avô, João Consolaro, o progresso é evidente. “Ele não sabia correr, pular. Hoje já faz quase tudo. E quer mais, busca isso”, relata. Além do desempenho nos treinos, a evolução de Gabriel é percebida também na escola e no convívio familiar.

“Antes ele se isolava. Agora interage com os colegas e vive pulando de um sofá para o outro”, brinca a avó.

O comprometimento da família e a determinação do menino têm inspirado outros frequentadores da academia. “É uma lição. Ver uma criança com autismo, com essa energia, é motivador”, afirma a empreendedora Stefanie Cidrim, que também treina no local.

No fim das contas, Gabriel resume tudo com simplicidade. Para ele, o autismo é “um jeito de ser”.

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