Mesmo com tarifaço imposto pelos EUA, exportação de mel em Maringá segue em alta

Embora o mel esteja entre os alimentos taxados em 50% pelo presidente norte-americano Donald Trump, a exportação do produto de Maringá, no norte do Paraná, para os Estados Unidos (EUA) teve um aumento de 700%, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Até outubro de 2024, a cidade tinha exportado 56 toneladas de mel. Em 2025, foram mais de 400 toneladas.

A explicação do setor é que, no ano passado, parte dos produtos exportados ficou retida nos portos de todo o Brasil. Neste ano, o mel, que estava confinado, foi adicionado ao novo estoque e exportado, o que rendeu mais de R$ 5 milhões para os produtores paranaenses.

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Ígor Domingues é diretor comercial da indústria de mel da própria família, que possui o negócio desde 1987. Segundo ele, o impacto do tarifaço foi menor do que o esperado.

“O tarifaço impactou menos do que a gente previa, isso graças ao fato de a gente produzir o mel orgânico, livre de qualquer resíduo contaminante - e o americano o consome muito” ,conta.

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Exportação de mel teve aumento de 700% em Maringá

Reprodução/Caminhos do Campo

Exportações no Paraná

Na contramão do mel, o Paraná exportou apenas R$ 337 milhões para os EUA em setembro deste ano. É o menor valor desde 2016, e representa uma queda de 58%, comparado ao mesmo período do ano passado.

Os dados apontam que a redução paranaense foi superior à média nacional, de 20%.

Em valores, o Paraná foi o 4º estado mais prejudicado com as exportações para o governo norte-americano, comparado com 2024. No topo do ranking, estão Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Entre os produtos que tiverem queda, estão:

transformadores, produzidos em Mandaguari;

açúcar, em Marialva;

equipamentos de som, reatores e caldeiras, em Campo Mourão;

carvão ativado em Paiçandu.

De acordo com informações apuradas pela RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, a maior queda foi registrada em Telêmaco Borba, com a exportação de madeira.

Paraná exportou R$ 337 milhões para os EUA em setembro deste ano

Reprodução

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