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Mortes por chuvas no Paquistão sobem para 344


Vídeo mostra momento que enchente atinge vila no norte da Índia

O número de mortos por conta de chuvas torrenciais e enchentes que atingem o Paquistão subiu para 344 pessoas, segundo afirmaram neste sábado (16) autoridades do país.

As chuvas são causadas pela temporada de monções, que ocorre anualmente no Sudeste Asiático, mas que, neste ano, está causando efeitos e destruição acima da média dos últimos anos. Só no Paquistão, as mortes registraram ocorreram em apenas 48 horas.

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Neste sábado, mais de 2.000 soldados, além de outras equipes de resgate, tentavam recuperar os corpos soterrados sob os escombros no norte do Paquistão, além de desaparecidos.

As chuvas torrenciais atingiram diferentes distritos da província montanhosa de Khyber-Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão. A província é a mais atingida pelas tempestades.

A maioria das vítimas foi arrastada por enchentes repentinas ou morreu quando suas casas desabaram, eletrocutadas ou atingidas por raios.

O porta-voz afirmou que os socorristas tentam retirar os sobreviventes, mas poucos estão dispostos a sair "porque perderam entes queridos, ainda presos sob os escombros".

'Orações fúnebres'

Soldados do Exército da Índia trabalham no resgate de vítimas em vilarejo na Caxemira indiana atingido por inundação após chuva repentina em 15 de agosto de 2025.

REUTERS/Stringer

"Parece que toda a montanha desabou; a área está coberta de lama e pedras enormes", disse Muhammad Khan, morador do distrito de Buner, onde 91 pessoas morreram.

"Os moradores estão recuperando corpos e realizando orações fúnebres, mas ainda não sabemos quem está vivo ou morto", afirmou Saifullah Khan, um professor de 32 anos.

A autoridade provincial de gestão de desastres de Khyber-Pakhtunkhwa declarou vários distritos como "zonas de desastre", onde "equipes de resgate foram mobilizadas como reforço" para tentar alcançar vilarejos localizados em terrenos acidentados.

Outras nove pessoas morreram na Caxemira paquistanesa. Na região administrada pela Índia, pelo menos 60 vítimas foram registradas em um vilarejo no Himalaia, e outras 80 ainda estão desaparecidas.

Cinco pessoas morreram na região turística de Gilgit-Baltistan, no extremo norte do Paquistão, um destino de verão popular para alpinistas de todo o mundo, mas que as autoridades agora recomendam evitar.

Na sexta-feira, um helicóptero de resgate caiu, matando cinco pessoas. Para Syed Muhamad Tayab Shah, da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, "mais da metade das vítimas morreu devido à má qualidade das estruturas".

Em julho, a província de Punjab, lar de quase metade da população do Paquistão, registrou um aumento de 73% nas chuvas em relação ao ano anterior.

O Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo, é um dos mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.

Boa parte dos 255 milhões de paquistaneses já sofreram enchentes massivas e mortais, rompimentos de lagos glaciais e secas sem precedentes nos últimos anos, fenômenos que se multiplicarão sob o impacto do aquecimento global, segundo relatórios científicos.

Transmissão ao vivo g1

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