
Instituto Médico Legal (IML) em Roraima.
Caíque Rodrigues/g1 RR/Arquivo
O motorista Marlon da Silva Oliveira, de 36 anos, que atropelou e matou um ciclista após uma discussão no trânsito em Boa Vista foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil, informou a Polícia Civil de Roraima nesta sexta-feira (21). A mulher dele, de 36 anos, tentou protegê-lo assumindo o volante do carro momentos depois do crime.
O caso ocorreu na noite de quarta-feira (19), no bairro Pintolândia, zona Oeste da capital. De acordo com a Civil, Marlon avançou com o carro “de propósito” contra o ciclista após uma discussão no trânsito. A vítima não teve o nome divulgado e tinha aproximadamente 60 anos.
O g1 tenta contato com a defesa de Marlon da Silva Oliveira.
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O delegado lavrou o Auto de Prisão em Flagrante contra o motorista, enquadrando-o por homicídio qualificado por motivo fútil, modalidade considerada crime hediondo na legislação brasileira.
👉 O homicídio qualificado por motivo fútil ocorre quando o assassinato é cometido por uma razão insignificante ou desproporcional, como uma discussão banal no trânsito.
🔎 Já os crimes hediondos são infrações consideradas de extrema gravidade pela legislação brasileira, sujeitas a regras mais rígidas, como maior tempo de prisão antes de progressão de regime e impossibilidade de anistia, indulto ou fiança.
Motorista acelerou, tentou fugir e esposa acobertou
Segundo a Delegacia Geral de Homicídios (DGH), Marlon seguia por uma rua quando precisou frear bruscamente porque o ciclista atravessou em sua frente. Os dois começaram a discutir, e a vítima desceu da bicicleta.
Testemunhas relataram que o ciclista ficou diante do carro e, nesse momento, o motorista acelerou o veículo na direção dele, provocando o atropelamento. Pessoas no local disseram ainda que o suspeito tentou arrancar com o carro para fugir, mas estancou.
A vítima morreu ainda no local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte.
Logo após o atropelamento, o motorista e a esposa saíram do veículo. Irritadas, algumas pessoas passaram a hostilizar o casal, que temeu ser agredido.
Segundo a polícia, a mulher então puxou o marido para dentro do carro, entrou pela porta do motorista e assumiu o volante, enquanto ele se sentou no banco do passageiro.
Quando Guarda Civil Municipal (GCM) chegou, encontrou o casal dentro do carro nessa posição. A mulher afirmou inicialmente aos agentes que ela dirigia no momento do atropelamento, mas foi desmentida por testemunhas.
Já na delegacia, ela confessou ao delegado Jean Daniel que assumiu o volante apenas para tentar proteger o marido e evitar um possível linchamento, negando que tivesse a intenção de atrapalhar o trabalho policial.
Marlon foi encaminhado para a Audiência de Custódia.
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