
Marinha do Brasil levou para Belém o maior navio de guerra da América Latina
A Marinha do Brasil levou para a capital do Pará o maior navio de guerra da América Latina.
Uma parte enorme do reforço na segurança de Belém para a COP chegou em um único navio.
“A gente chegou com mais de mil homens, mais 80 carros, dois cachorros que farejam explosivos. Dentre esses mil homens e mulheres, 400 fuzileiros navais que estão fazendo posições agora do patrulhamento extensivo da COP”, conta o comandante José Paulo, da Marinha do Brasil.
Mas, recentemente, esse navio não virou notícia por motivos de segurança ou defesa. Em tempos em que eventos climáticos cada vez mais deixam para trás cenários de guerra, ele virou uma ferramenta de socorro. Levou para o Rio Grande do Sul, em 2024, homens, carros, blindados e comida. Foi usado também no socorro na tragédia de São Sebastião, no litoral de São Paulo, em 2023.
É o maior navio de guerra da América Latina e para carregá-lo com carros, helicópteros e equipamentos, pode levar um dia e meio até dois. E ainda tem o tempo de movimentar um gingante desses até o local de uma tragédia. Mas esse tipo de operação da Marinha pode ganhar ainda mais agilidade em um futuro próximo.
Mudanças climática: Brasil se prepara para socorrer tragédias com equipamentos de defesa
Jornal Nacional/ Reprodução
O protocolo assinado nesta sexta-feira (7), em Belém, pela Marinha, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais e o BNDES vai ampliar a cooperação e melhorar a gestão e a resposta a desastres. O BNDES vai liberar R$ 100 milhões para desenvolvimento científico e pesquisas relacionadas às mudanças climáticas.
"Hoje, nós monitoramos dezenas, centenas, milhares de rios brasileiros provendo previsões antecipadas de você ter vazão acima da cota por exemplo de transportamento com dez dias de antecedência. Mas temos ainda brechas para avançar para que todos os problemas que estão cada vez mais críticos e mais frequentes possam ser também estudados e alertados antecipadamente", afirma Regina Alvalá, diretora do Cemaden.
Parte do dinheiro vai ser usado também para compra de um navio inglês.
"Se nos tivermos conjugadas essas competências entre a Marinha, um órgão de excelência técnica como o Cemaden e um banco de fomento como o BNDES, eu tenho a convicção de que a população estará melhor assistida", diz Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha.

