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Nome escolhido pelo papa pode dar pistas do próximo pontificado


Muitos nomes importantes para Igreja Católica jamais foram usados. Já foram 21 Joãos e nenhum José, por exemplo. Católicos vivem a expectativa de saber qual nome o novo papa vai usar

Católicos em todo o planeta estão na expectativa de conhecer o rosto e a nacionalidade do novo papa, e também o nome que ele vai usar. O Rodrigo Carvalho explica que essa escolha diz muito sobre como vai ser o papado.

Gabriel de Jesus. Gabriel Rodrigues de Jesus. Dizem que nome define personalidade. Arcanjo Gabriel era o mensageiro de Deus.

“Gosto muito de ler, muito de história, muito de palavra. Eu acho que é uma das minhas paixões e eu não consigo me enxergar tendo essa paixão, tendo essa vida, se eu não fosse Gabriel. Tem aquela história, né? O que nasce primeiro? O conceito ou o significado? Eu acho que, no meu caso, o conceito deu significado à minha personalidade definitivamente”, diz Gabriel de Jesus, analista de comércio exterior.

Com Jorge também foi assim. Quando ele escolheu ser Francisco, a multidão foi ao delírio. A escolha dizia muito: a inspiração em um dos santos mais queridos do mundo. E nome de papa se espalha. Naquela época, o número de Franciscos no Brasil aumentou.

“Ele veio de novo à América Latina e eu estava grávida do João Francisco. Falei para ele: ‘Olha, vai chamar Francisco em sua homenagem, João Francisco em homenagem a dois Papas’. E aí ele ainda brincou: ‘Que não seja Papa’”, lembra a estilista Raquel Guimarães.

"Sou muito grato por ter um nome de papa, um líder muito, muito, muito alegre, muito amado, muito humilde”, diz o estudante João Francisco Guimarães.

Nome escolhido pelo papa pode dar pistas do próximo pontificado

Reprodução/TV Globo

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Quando Karol quis ser o segundo João Paulo e depois quando Joseph escolheu ser mais um Bento, o 16º, foi para seguir algo que a Igreja tanto valoriza: legados. Não é pouco provável que o próximo papa escolha um nome repetido.

Mas muitos nomes importantes para Igreja Católica jamais foram usados. Já foram 21 Joãos e nenhum José. Dezesseis Gregórios, mas nunca um Papa Davi. Catorze Clementes, 13 Leões. Mas jamais um Papa Antônio. Nunca um Papa Gabriel.

Os primeiros papas usavam o nome de batismo mesmo. E o próximo pode fazer isso - não existe uma regra. Tudo é história. A tradição de escolher outro nome quando se vira papa começou no ano de 533. Foi quando um sacerdote chamado Mercúrio foi eleito papa: Papa Mercúrio I. Ele intuiu que não pegaria bem usar um nome pagão, de um deus romano. Escolher, então, João II.

De lá para cá, escolher um nome novo passou a simbolizar o começo de uma grande missão espiritual e a mexer com a ansiedade de meio mundo. Entre tantos nomes possíveis, a Cristiana - vaticanista, sabe do assunto - tem uma preferência: Papa Paulo VII - apóstolo do povo, da ambição, da evangelização. Ela carrega essa aposta e uma quase-certeza: de que tem um nome que o próximo Papa não vai escolher. Um que virou tabu: Pedro. Foi o primeiro papa, São Pedro, o apóstolo. Nunca houve na história da Igreja alguém com coragem e audácia de usar esse nome. Tem até uma profecia de que quando tiver um Pedro II vai ser o fim dos tempos. Melhor ninguém mexer com isso.

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