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O que é a ASEAN e por que Lula e Trump devem se encontrar na Malásia

Trump está interessado em se encontrar com Lula, diz autoridade da Casa Branca

Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consideram altamente provável um encontro entre os dois líderes durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bloco que reúne países da região e serve como fórum de cooperação política e econômica.

Lula e Trump estão no mesmo evento, onde participam de reuniões paralelas com outras lideranças mundiais.

O que é a Asean?

Criada em 1967, a ASEAN é hoje um dos principais polos de diálogo e comércio da Ásia, composta por Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Singapura, Tailândia e Vietnã.

O grupo busca promover crescimento econômico, estabilidade regional e integração entre seus membros, mas também funciona como palco de negociações com potências externas.

Com a expansão da China, a presença de Trump reforça o interesse dos EUA em retomar espaço estratégico na região. Enquanto isso, o Brasil tenta aproximar-se da Ásia para ampliar exportações e abrir novos mercados.

Para o governo brasileiro, participar da cúpula da ASEAN é uma forma de diversificar parcerias comerciais e fortalecer a imagem do país como interlocutor global.

A agenda de Lula inclui encontros com empresários e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Já o governo norte-americano vê a reunião como oportunidade para negociações comerciais e diplomáticas, especialmente no contexto da nova rodada de conversas entre China e EUA que também ocorrerá na Malásia.

Encontro entre Brasil e EUA

Entre Brasil e Estados Unidos, há expectativa de que o possível encontro sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros.

Lula deve insistir na revogação das tarifas e na retomada do diálogo econômico. A avaliação no Planalto é que uma conversa direta pode “levar a relação a outro patamar” e abrir espaço para novos acordos.

Além das pautas comerciais, o encontro pode tocar em temas geopolíticos delicados. Em meio às tensões entre os EUA e a Venezuela, Lula deve reiterar sua defesa de uma “zona de paz” na América do Sul, rechaçando qualquer tentativa de intervenção militar na região.

A expectativa é que o tom do diálogo seja pragmático e diplomático, com foco em resultados econômicos e na reconstrução da confiança entre os dois governos.

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