
PF em operação em Embu das Artes.
Arquivo pessoal
A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (29), 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo e Salvador, na Bahia, durante a Operação Legere. A ação mira um grupo suspeito de fraudar contratos de fornecimento de materiais editoriais para escolas da rede pública de ensino fundamental e médio.
De acordo com informações apuradas pela TV Globo, os agentes cumpriram mandados em um endereço onde fica o gabinete da deputada federal Ely Santos (Republicanos) e do vereador Natinha (Republicanos).
As buscas também ocorreram em uma imobiliária pertencente à família de Natinha e de sua esposa, a vice-prefeita Elisabete Alves Carvalho, conhecida como Dra. Bete.
De acordo com a investigação, o esquema envolvia o superfaturamento na venda de livros e kits didáticos para prefeituras de vários municípios paulistas. O grupo também é suspeito de emitir notas fiscais falsas, direcionar licitações e desviar recursos públicos.
Segundo a PF, os investigados usavam distribuidoras intermediárias — algumas delas empresas de fachada — para inflar os valores dos contratos, chegando a cobrar o dobro ou até o triplo do preço real dos produtos.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de falsidade ideológica, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em nota, a deputada Ely Santos informou que "não é alvo da investigação e não possui qualquer envolvimento com os fatos mencionados. A operação teria ocorrido em endereço onde atuava um ex-assessor, que não integra mais o quadro de colaboradores do mandato. Todas as atividades do gabinete da deputada seguem estritamente dentro da legalidade e da transparência que sempre pautaram sua trajetória pública".
Ainda segundo o comunicado, "a deputada reafirma sua total confiança na Justiça e está à disposição para prestar qualquer esclarecimento necessário, colaborando com as autoridades competentes para que todos os fatos sejam devidamente apurados".
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