PMDF faz homenagem para policiais mortos em operação do Rio

A Polícia Militar do Distrito Federal fez uma homenagem nesta sexta-feira (31) aos policiais que morreram nesta semana durante uma operação no Rio de Janeiro (veja o vídeo acima).

A operação, considerada a mais letal da história do estado, resultou na morte de mais de 120 pessoas, entre elas, quatro policiais.

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Nesta sexta, ao lançar a operação Policiamento de Intensificação Natalina (PIN), a comandante-geral da PM, Ana Paula Habka, pediu que os presentes homenageassem os policiais mortos no Rio de Janeiro.

Criticado por entidades em razão do número de mortos na operação, o governador do Rio, Cláudio Castro, disse que os policiais mortos foram as únicas vítimas da operação contra o Comando Vermelho.

Subiu para 121 o número de mortos na operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro

A operação repercutiu em todo o país e até internacionalmente. O alto comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Turk, por exemplo, disse que o Brasil "precisa romper o ciclo de brutalidade extrema".

"Por décadas, a alta letalidade associada ao policiamento no Brasil tem sido normalizada, especialmente em áreas como o Rio de Janeiro", afirmou.

Corpos são colocados em praça na Penha no dia seguinte à operação mais letal do RJ.

AP Photo/Silvia Izquierdo

"O Brasil precisa romper o ciclo de brutalidade extrema e garantir que as operações de segurança pública estejam em conformidade com os padrões internacionais sobre o uso da força", acrescentou Turk.

Apoio de Ibaneis e Celina

Vice-governadora Celina Leão

TV Globo

Nesta quinta (30), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, saiu em defesa de Castro.

"O Rio de Janeiro, infelizmente, vive uma situação bastante complicada e não é de agora. Então, não adianta querer culpar o governador Cláudio Castro", disse Ibaneis.

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), viajou ao Rio de Janeiro nesta semana para participar de encontros com Claudio Castro para discutir a operação na cidade fluminense.

Em coletiva de imprensa ao lado de outros governadores, Celina fez elogios ao governador do Rio de Janeiro e aos policiais que participaram da operação.

"Aquilo que aconteceu aqui no Rio de Janeiro, foi um operação calculada e comandada, uma operação exitosa porque não tive vítimas da comunidade. Imagino o quanto foi difícil para os policiais fazerem um mapeamento de tudo isso, parabenizo a Polícia Militar e a Polícia Civil", declarou.

Celina declarou ainda que o Brasil vive uma "guerra civil" e defendeu maior autonomia para policiais, além de uma revisão das leis sobre a atuação da polícia no combate ao crime.

"Por que a gente não visita as Leis de Execução Penal (LEP), as leis do terrorismo? Por que não damos mais autonomia para nossos policiais? [...]. Até quando os governadores vão ficar de braços cruzados esperando uma ação estratégica, enérgica, com tecnologia e uso de conhecimento?", declarou.

Reforço na segurança do DF

Homenagem PMDF para policiais mortos em operação no Rio de Janeiro

Fillipe Matoso/TV Globo

A PM lançou nesta sexta o PIN 2025, que, segundo a corporação, permitirá o reforço na segurança por meio do acréscimo de 12 mil cotas, isto é, policiais que poderão atuar — e receberão por isso — em dias de folga. A operação vai até 4 de janeiro.

Segundo a polícia, o reforço é necessário nessa época do ano porque há mais pessoas nas ruas, fazendo compras de festas de fim de ano, o que pode levar a aumento na tentativa de criminosos de agir, principalmente em centros comerciais e terminais de transporte público.

Ainda de acordo com a PM, dados internos mostram que, nos últimos anos, a criminalidade diminuiu nesta época do ano em razão do esforço.

A corporação não detalhou onde haverá o reforço, por uma questão de segurança.

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