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Polícia prende influenciador Capitão Hunter, suspeito de exploração sexual de crianças

Polícia do Rio prende, em São Paulo, influenciador suspeito de exploração sexual de crianças

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu em São Paulo um influenciador suspeito de exploração sexual de crianças.

A mãe da vítima, uma menina de 13 anos, foi quem procurou a polícia para denunciar o influenciador. João Paulo Manoel, conhecido como Capitão Hunter, foi preso em Santo André, no ABC Paulista. O influenciador tem 45 anos e produz conteúdo digital sobre personagens infantis e jogos online. Tem mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, a maioria crianças e adolescentes.

A mãe contou para a polícia como ele conquistou a confiança da filha dela, dois anos antes da denúncia. Disse que João Paulo Manoel trocava mensagens com a menina em uma plataforma de jogos. Depois, começou a fazer pedidos de cunho sexual em uma outra rede social. Em uma das conversas, o influenciador prometeu dar um bicho de pelúcia e exibiu o presente dentro da cueca.

Segundo a polícia, Capitão Hunter usava a fama nas redes sociais para que a vítima se sentisse privilegiada ao trocar mensagens com ele. Os investigadores afirmam que João Paulo Manoel é um abusador perigoso, porque fazia brincadeiras para assediar meninas e meninos.

Mãe e filha escreveram cartas pedindo ajuda ao Ministério Público:

“Ele foi lá no meu privado para a gente conversar sobre Pokémon. Até que ele começou a ficar estranho. Falou para eu mostrar, aí quando ele me mostrou a dele eu me assustei. Desliguei o celular e comecei a chorar. Fiquei com medo de falar para a minha mãe e ele descobrir e prender meus pais. E ficou assim desde 2023. No final, contei tudo para a minha mãe”.

As investigações mostram que Capitão Hunter sabia que a menina era menor de idade e usava uma estratégia para não deixar rastros dos crimes. Segundo a polícia, ele ensinava a vítima a apagar as mensagens:

“Vou limpar aqui também e te mando o print. Isso será nossa tarefa, porque se esquecermos e alguém pegar, nossa! Acaba comigo! Não confio em ninguém e tenho medo de ser exposto porque alguém pode me prejudicar”.

"A gente tem a informação de existe pelo menos mais uma vítima, só que a gente, absolutamente, não exclui a hipótese de existirem muitas outras", afirma a delegada Maria Luiza Machado.

A defesa de João Paulo Manoel disse que ele é inocente.

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