Homem foi preso temporariamente, suspeito de envolvimento na morte da indígena Harenaki Javaé
PC- TO/ Divulgação
Um homem foi preso temporariamente pela Polícia Civil, suspeito de envolvimento na morte da indígena Harenaki Javaé, que teve o corpo parcialmente carbonizado na Ilha do Bananal. A vítima, de 18 anos, tinha deficiência intelectual e estava no início de uma gravidez, segundo apurado pela TV Anhanguera.
O crime aconteceu no dia 7 de setembro próximo à Aldeia Canuanã, durante um festejo, na zona rural de Formoso do Araguaia, região sudoeste do estado.
A prisão temporária do suspeito ocorreu na manhã deste sábado (13). O nome dele não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu contato com a defesa.
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No dia do crime, a Polícia Militar foi chamada por uma enfermeira e localizou a vítima. De acordo com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), Harenaki Javaé era moradora da Aldeia São João, que também fica dentro da Ilha do Bananal.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), testemunhas disseram aos policiais que o suspeito teria sido visto pela última vez com a vítima e que havia histórico de ameaças e agressões.
Durante a ação, os policiais civis apreenderam na casa do suspeito vestígios genéticos, que serão submetidos à perícia.
O suspeito foi levado para Gurupi, região sul do estado, onde ele passará por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e permanecerá à disposição do Poder Judiciário.
A ação foi realizada por uma força-tarefa composta pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia e pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Gurupi.
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PC- TO/ Reprodução
Outra prisão
No dia 8 de setembro um suspeito chegou a ser preso, mas foi liberado em seguida por falta de provas.
Na época SSP foi questionada, mas não respondeu sobre a prisão. Em nota, afirmou apenas que o caso estava em sigilo e que não seriam divulgados detalhes da investigação.
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) ainda lamentou o ocorrido e expressou solidariedade aos familiares e amigos. A Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (ARPIT) e o Instituto de Caciques e povos Indígenas da Ilha do Bananal (Icapib) emitiram notas repudiando o crime e cobrando investigação.
"O feminicídio que tirou a vida de Harenaki é inadmissível e não pode ser normalizado. A jovem, que possuía problemas mentais e tinha a mentalidade de uma criança, não compreendia a realidade da vida como nós. Ela não sabia o que estava acontecendo, e por isso sua perda é ainda mais dolorosa e revoltante. Foi um ato de violência bárbaro e covarde contra alguém indefesa, que nunca deveria ter acontecido", afirmou o Icapib.
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