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Policial preso e gerente bancário afastado: entenda como atuava grupo criminoso suspeito de fraudar contas bancárias


Polícia Federal investiga fraudes bancárias na Bahia

Uma operação da Polícia Federal contra um grupo criminoso suspeito de fraudar contas na Caixa Econômica Federal e outras instituições bancárias prendeu duas pessoas na quinta-feira (7), sendo uma delas um policial civil, em Feira de Santana. Um gerente bancário suspeito de ajudar no esquema também foi afastado do cargo.

Conforme as investigações, contas bancárias eram abertas com documentos falsos para obter empréstimos fraudulentos. Mais de 20 contas falsas foram abertas pelo grupo.

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De acordo com o delegado da Polícia Federal em Feira de Santana, Fábio Marques, o policial civil tem 50 anos e atuava na cidade. Ele é irmão do chefe da organização criminosa, preso na primeira fase da operação. O agente era responsável por recrutar pessoas para abrir contas fraudulentas.

“Ele auxiliava na falsificação de documentos, utilizando a fotografia da pessoa cooptada. Depois, abriam a conta bancária para realizar os empréstimos.”

Delegacia da Polícia Federal de Feira de Santana

TV Subaé

As investigações apontaram que diversos perfis falsos foram utilizados no esquema, e nem todas as pessoas envolvidas foram identificadas até o momento. Após a liberação dos empréstimos, os valores eram repassados aos participantes do esquema.

“O valor que cada participante receberia era acertado previamente em cada fraude. Não havia valor fixo. A pessoa que abria a conta ficava com uma pequena parcela. A maior parte da quantia obtida com os empréstimos era destinada ao chefe do grupo.”

Ou seja, o modus operandi do grupo funcionava da seguinte forma:

O gerente bancário cooptava pessoas para abrir as contas fraudulentas e auxiliava na falsificação dos documentos necessários;

A conta era aberta e os empréstimos, solicitados;

Após a liberação dos empréstimos, os valores eram repassados aos participantes do esquema;

Com o dinheiro, as pessoas envolvidas no esquema compravam produtos no comércio de Feira de Santana, sendo grande parte gasto em agências de turismo e casas de material de construção.

A operação deflagrada na quinta-feira (7), nomeada de "Segunda Camada" é um desdobramento da Operação Fake Front, deflagrada em maio do ano passado. Na ocasião, a Polícia Federal identificou fraudes contra a Caixa Econômica, Previdência Social e outras instituições na Bahia. O prejuízo ultrapassou de R$ 1 milhão.

A partir do material colhido na primeira fase da operação, foi possível identificar outra camada da organização criminosa.

Operação Fake Front

PF cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão contra grupo que fraudava empréstimos

Na primeira fase da operação, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão. O prejuízo identificado na ocasião ultrapassava R$ 1 milhão para as instituições envolvidas.

Segundo informações da PF, a investigação identificou que foram abertas 21 contas bancárias em agências da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana e Brasília, com a utilização de documentos falsos, para obter recursos por meio de empréstimos fraudulentos.

Através das contas fraudadas, os suspeitos faziam diversos empréstimos. Com o dinheiro, eram comprados produtos no comércio de Feira de Santana, sendo grande parte gasto em agências de turismo e casas de material de construção.

Delegacia da Polícia Federal de Feira de Santana

TV Subaé

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