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Presídio onde incêndio matou sete detentos será periciado no interior de SP; veja o que se sabe sobre o caso


Incêndio em penitenciária no interior de SP deixa 7 mortos e 13 feridos

O presídio de Marília, no interior de SP, será periciado após um incêndio matar sete detentos e deixar outros 13 feridos na tarde desta terça-feira (25).

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A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Segundo a SAP, o fogo começou no setor de inclusão da penitenciária, quando um detento ateou fogo a seus pertences.

Veja o que se sabe e o que falta saber sobre o caso:

O que aconteceu?

Como o incêndio começou?

Quem são as vítimas?

Para onde os feridos foram levados?

Como foi o combate ao incêndio?

Qual foi a resposta das autoridades de saúde?

A SAP vai investigar o caso?

O que dizem as autoridades?

O que ainda falta esclarecer?

Incêndio em penitenciária de Marília deixa 7 mortos e feridos

Secretaria de Administração Penitenciária (SAP)/Divulgação

O que aconteceu?

Um incêndio atingiu o setor de inclusão da Penitenciária de Marília, no interior de São Paulo, na tarde de terça-feira (25). Sete detentos morreram e outros 13 ficaram feridos após inalar fumaça tóxica.

Como o incêndio começou?

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o fogo teve início depois que um detento ateou fogo aos próprios pertences dentro da unidade.

Quem são as vítimas?

De acordo com a SAP, sete detentos morreram por inalação de gases tóxicos (confira abaixo a lista com nomes e idades). Outros treze foram hospitalizados por intoxicação por fumaça. Agentes penitenciários também sofreram intoxicação e receberam atendimento médico, mas não houve confirmação de mortes entre servidores.

Conforme o boletim de ocorrência, foram 6 agentes penitenciários e 7 presos feridos, contabilizando 14 pessoas. Abaixo, o nome e idade dos internos mortos durante o incêndio:

Doildo Diego Pires - 35 anos

Wallace Ferreira Dos Reis - 22 anos

Charles Andrey Souto Silva - 44 anos

Wender Felipe Maciel - 25 anos

Matheus Gregorio Da Silva - 22 anos

Caio Vinicius Oliveira - 33 anos

Thiago Nascimento De Oliveira - 25 anos

Para onde os feridos foram levados?

A Prefeitura de Marília informou que 20 atendimentos foram realizados:

Hospital das Clínicas (HC): 4 pacientes — 2 mortes e 2 em estado grave;

Santa Casa: 3 pacientes, todos graves e intubados;

UPA Norte: 5 pacientes — 4 casos leves e 1 moderado;

UPA Sul: 3 casos leves;

Local do incêndio: 5 mortes confirmadas.

Como foi o combate ao incêndio?

Policiais penais fizeram o primeiro combate às chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros e do SAMU. Equipes do Baep e da Força Tática apoiaram a operação e a evacuação dos feridos.

Qual foi a resposta das autoridades de saúde?

O Hospital das Clínicas da Famema ativou o Plano de Contingência para atender as vítimas e informou que todas as demandas foram absorvidas sem prejuízo à assistência. A prefeitura reforçou equipes e distribuiu o atendimento entre as unidades de urgência e emergência.

A SAP vai investigar o caso?

Sim. A Secretaria da Administração Penitenciária informou que instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do incêndio e está em contato com as famílias das vítimas.

O que dizem as autoridades?

Em nota, a Prefeitura de Marília informou que foi acionada imediatamente após o ocorrido no presídio e acompanhou de perto toda a operação de atendimento às vítimas, e que as equipes do SAMU realizaram as transferências dos detentos e funcionários para as unidades de referência, garantindo suporte contínuo durante todo o processo.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, em seu site, relatou que a unidade prisional opera acima da lotação projetada e critica a falta de contratação de policiais penais, que compromete os procedimentos de segurança e aumenta o risco de vida para presos e policiais.

Em entrevista ao g1, Luciano Carneiro, diretor regional do Sindicato dos Policiais Penais de São Paulo, informou que o prédio da unidade é muito antigo e com diversos problemas estruturais.

Além disso, relatou que a diretoria e os servidores fizeram de tudo para socorrer os internos, o que ocasionou os seis agentes penitenciários feridos.

"Nossa primeira função como policial penal, atualmente, é a ressocialização, é manter a ordem pública. Foi um fato muito triste, muito lamentável", conta em entrevista ao g1.

A SAP informou, também em nota, que instaurou procedimento para apurar o caso e está em contato com as famílias das vítimas para prestar todos os esclarecimentos necessários.

O que ainda falta esclarecer?

O que motivou o detento a iniciar o fogo.

Se houve falhas estruturais ou operacionais que facilitaram a propagação da fumaça.

As conclusões do procedimento instaurado pela SAP para apurar responsabilidades.

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