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Qualidade da água no rio Tarumã-açu apresenta piora nos últimos três anos em Manaus, aponta estudo


Qualidade da água no rio Tarumã-açu apresenta piora nos últimos três anos em Manaus, aponta estudo

William Duarte/Rede Amazônica

Um estudo conduzido pelo Programa de Monitoramento de Água, Ar e Solos do Estado do Amazonas (ProQAS/AM) indicou que a qualidade da água apresentou piora entre os anos de 2023 e 2025. Os resultados do estudo foram apresentados nesta terça-feira (12).

Os pesquisadores monitoram a qualidade da água em 107 pontos ao longo da bacia do rio Tarumã-Açu. São analisados parâmetros como oxigênio, PH, fósforo e coliformes.

Com o monitoramento, é possível identificar, por exemplo, se existe despejo de esgoto não tratado na água. São fatores que podem impactar negativamente na natureza, e nas atividades de lazer e trabalho realizadas pela população.​​

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Segundo um dos pesquisadores envolvidos no monitoramento, o doutor em físico-química Sérgio Duvoisin, que o trabalho implementado nos últimos cinco anos na bacia do tarumã acende um alerta. pois embora o nível da água ainda esteja em um nível aceitável, uma piora vem sendo observada pelos pesquisadores.

"Alguns pontos acendem um sinal de alerta. Principalmente a parte do que a alguns parâmetros começaram a modificar pra pior então a como a gente tem esse conhecimento de que há três anos atrás ele não estava desse jeito isso nos mostra que daqui pra frente isso também vai continuar acontecendo se a gente não tiver uma ação" explicou o especialista.

O monitoramento subsidia a construção do Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Tarumã-Açu, em desenvolvimento pelo Instituto de Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas.em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu (CBHTA).

“Esse monitoramento faz parte do controle ambiental que é responsabilidade do Ipaam. No Tarumã, realizamos há anos essa atividade em parceria com a UEA, com coletas na cheia e na vazante. Em 2023, os resultados indicaram perda de qualidade em diversos parâmetros, como se o rio estivesse pedindo socorro. Por isso, interrompemos o licenciamento de novos flutuantes na região”, explicou Daniel Nava, doutor em Biotecnologia do IPAAM

O documento com as conclusões da analise será encaminhado à Prefeitura de Manaus, aos órgãos de controle ambiental, de justiça, entre outras instituições. O objetivo é que medidas sejam tomadas antes que a qualidade da água fique ainda pior.

O relatório de conclusão do estudo também estará disponível pela internet, no site do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

Os especialistas explicam que é fundamental que a população acompanhe o monitoramento para entender como atitudes do dia a dia influenciam no meio ambiente.

Pesquisa mostra que água da bacia do Tarumã-Açu é avaliada como aceitável

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