
Advogado é preso suspeito de tentar matar a namorada com barra de ferro em MT
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O advogado Nauder Júnior Alves Andrade, condenado a 10 anos por tentativa de homicídio contra a namorada, tentou fugir do presídio com outros três detentos na quarta-feira (5) em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. O grupo, contudo, foi impedido pelos policiais penais do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas.
Os quatro homens foram encaminhados à Central de Flagrantes da Polícia Civil de Várzea Grande. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa e dano qualificado, conforme o delegado plantonista.
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Na madrugada desta quarta-feira (5), um agente que fazia vigilância no presídio ouviu barulhos vindos do local e pediu que a equipe de plantão verificasse a situação, segundo a Secretaria de Justiça (Sejus). Ao entrar na sala, os servidores constataram que o ferrolho da grade do banho de sol havia sido danificado, o que indicava uma possível tentativa de fuga.
Na audiência de custódia, o juiz Gabriel da Silveira Matos, da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande, determinou a transferência dos advogados para a Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
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A decisão veio após pedido da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), que alegou que a penitenciária da Mata Grande é a única com Sala de Estado Maior apta a receber advogados presos. O Ministério Público também acompanha o caso.
Na audiência, os detentos relataram que foram agredidos pelos agentes penitenciários e colocados nus para revista. O juiz ainda determinou uma investigação para apurar a suposta lesão na perna relatada pelo detento Nauder.
Além dele, os outros dois detentos foram identificados como Pauly Ramiro Ferrari Dourado, de 45 anos, Paulo Renato Ribeiro, de 52 anos, e um quarto preso, de 63 anos, que não teve a identidade confirmada.
Em julho, Nauder foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá por tentar matar a própria namorada, de 29 anos, com uma barra de ferro em um condomínio na capital. Na ocasião, ele dispensou a defesa técnica e optou por se representar no plenário.
O crime ocorreu em agosto de 2023. A vítima relatou à polícia que ele saiu do quarto para usar drogas e, ao retornar, tentou abusar sexualmente dela, o que deu início às agressões.

