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Quem era Cria, chefe do TCP morto em operação na Maré


Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro, apontado como chefe do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi morto nesta sexta-feira (26) em uma operação emergencial da Polícia Civil.

Contra Cria havia 3 mandados de prisão em aberto. Ele era temido na comunidade e, segundo moradores, matou até por discussão em um jogo de cartas.

A Polícia Civil informou que identificou nesta sexta uma movimentação de criminosos na Maré para atacar uma comunidade rival e mandou equipes para evitar confrontos. No cerco, houve revide dos traficantes, e no confronto Cria acabou morto.

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Quem era Cria

Edmilson Marques de Oliveira, conhecido como Cria ou Di Ferro

Reprodução

Apontado como um dos chefes do Terceiro Comando Puro (TCP), Cria assumiu o controle da comunidade em maio, após a morte de Thiago da Silva Folly, o TH, em ação do Bope.

Segundo relatos de moradores, a ascensão de Cria na Maré foi marcada por episódios de violência. Eles afirmam que o traficante mandou executar pessoas na comunidade, o que aumentou o clima de medo e reforçou a rejeição ao seu comando.

Uma das histórias mais citadas por moradores da Maré envolve a morte de um homem que teria derrotado Cria em um jogo de cartas. Após uma discussão, o traficante determinou que ele ficasse em casa, em uma espécie de prisão domiciliar. Dias depois, quando o homem saiu à rua, Cria foi avisado e o executou.

O bandido vinha sendo monitorado havia meses. Na semana passada, por exemplo, ele apareceu em um vídeo no qual celebrava uma aliança do TCP com a facção Guardiões do Estado (GDE), do Ceará.

Na gravação, Cria está de camisa branca e encapuzado, portando um fuzil, cercado de pelo menos 20 homens também com armas de grosso calibre. Na mensagem, ele afirma que o grupo passaria a atuar em conjunto contra o Comando Vermelho.

“Quem quiser vir, pode vir; se fechar com a gente, as portas estão abertas. Agora, se for contra a gente, vão matar todo mundo”, disse.

Mas nome de Cria já aparecia em relatórios de investigações recentes. Em julho de 2024, a Delegacia de Homicídios pediu a prisão dele e de outros 4 traficantes da Maré pela morte de 2 policiais do Bope durante ação, no mês anterior, no Morro do Timbau.

Na ocasião, câmeras registraram a fuga de lideranças armadas do TCP, entre elas Cria, TH e Michel de Souza Malveira, o Bill.

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