Usina Hidrelétrica Mascarenhas de Moraes, entre Ibiraci e Delfinópolis

Divulgação / Eletrobras Furnas

A Usina Hidrelétrica (UHE) de Furnas, localizada no rio Grande, em Minas Gerais, passou a operar na Faixa de Atenção a partir de quarta-feira (1º). O motivo é que, em 30 de setembro, o reservatório da usina registrou 41,46% do volume útil, percentual abaixo do limite de 50% estabelecido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) para a operação normal.

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Com essa mudança de faixa, a empresa Furnas Centrais Elétricas, que administra a hidrelétrica, poderá liberar uma vazão máxima média de 846 metros cúbicos por segundo (m³/s) durante o período seco, que vai de maio a novembro.

Em setembro, a vazão defluente média mensal havia sido de 939 m³/s, mas a redução do armazenamento do reservatório, associada às chuvas abaixo da média e à necessidade de atender à demanda do setor elétrico, levou à adoção de limites mais restritivos.

Usina Hidrelétrica de Furnas em São José da Barra (MG)

Arquivo pessoal/Éder Souza

As regras de operação da UHE Furnas estão previstas na Resolução ANA nº 193/2024, que define três faixas operativas:

Faixa de Operação Normal: reservatório com 50% ou mais do volume útil;

Faixa de Operação de Atenção: reservatório entre 20% e 49,99% do volume útil;

Faixa de Operação de Restrição: reservatório abaixo de 20% do volume útil.

Essas condições são aplicadas no primeiro dia de cada mês e variam de acordo com o período do ano. O objetivo é conservar água nos reservatórios e garantir segurança hídrica para usos múltiplos, incluindo abastecimento, geração de energia e atividades econômicas.

Caso o reservatório de Furnas permaneça com volume inferior a 50% em dezembro, quando tem início o período úmido, a vazão máxima mensal deverá ser limitada a 500 m³/s, impactando ainda mais a geração de energia.

A UHE Furnas integra o Sistema Hídrico do Rio Grande, que também abrange os aproveitamentos de Marechal Mascarenhas de Moraes (Peixoto), Marimbondo e Água Vermelha. Todas essas usinas seguem as mesmas regras de operação, voltadas à gestão integrada dos recursos hídricos da bacia.

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