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RJ divulga os primeiros nomes da lista de mortos em megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão


RJ divulga lista de mortos em megaoperação

O governador Cláudio Castro divulgou, na manhã desta sexta-feira (31), parte da lista com os nomes de mortos na megaoperação da polícia do Rio de Janeiro nos complexos da Penha e do Alemão na terça-feira (28).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador Cláudio Castro disse que, dos 117 suspeitos mortos na Operação Contenção, 90 já foram identificados. Desses, 78 tinham histórico criminal (homicídio, tráfico de drogas, etc), sendo que 42 tinham mandados de prisão em aberto. Entre os chefes mortos estão:

Russo, chefe do tráfico em Vitória;

Chico Rato, chefe do tráfico em Manaus;

Mazola, chefe do tráfico em feira de Santana;

Fernando Henrique dos Santos, chefe do tráfico em Goiás.

Entre os identificados, 39 são de outros estados (13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 a Bahia, 4 do Ceará, 4 de Goiás, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba).

Corpos enfileirados na Praça São Lucas

Betinho Casas Novas/TV Globo

"Nosso trabalho é livrar a sociedade do tráfico, da milícia, de todo aquele que prejudica o nosso direito de ir e vir. Nós continuaremos trabalhando com técnica e respeito à lei, para que a gente possa estar devolvendo o direito de ir e vir", afirmou o governador.

Desde terça, agentes do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio realizaram uma força-tarefa para identificar os corpos. Além dos 117 suspeitos, 4 policiais, dois civis e dois militares, também morreram na ação. Os corpos dos agentes mortos já foram enterrados.

Objetivo era desarticular o CV

A operação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho e cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.

A ofensiva resultou em confrontos intensos, especialmente na Serra da Misericórdia, onde dezenas de corpos foram encontrados por moradores e levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para facilitar o reconhecimento.

Moradores relatam cenas de horror. “Eu moro aqui há 58 anos. Nunca vi isso. Vai ser difícil esquecer. Essa cena aqui pra mim foi trágica”, disse uma moradora. Outro comparou o cenário a uma catástrofe natural: “A cidade tá igual tragédia, como quando tem tsunami, terremoto, com corpo espalhado em cima do outro”.

Principal alvo fugiu

O traficantes Edgar Alves de Andrade, o Doca era o principal alvo da operação mas conseguiu escapar do cerco policial. O criminoso é considerado o maior chefe do Comando Vermelho (CV) em liberdade — na hierarquia, ele está abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em penitenciárias federais.

Segundo Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio, o criminoso usou "soldados" do tráfico para fazer uma barreira e escapar da operação. O Disque Denúncia do Rio oferece R$ 100 mil para quem tiver informações sobre ele.

Traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca

Reprodução

Segundo consta em sua ficha criminal, Doca nasceu em 1970 em Caiçara — há divergências em registros das próprias autoridades se sua origem é Caiçara no Rio Grande do Sul ou Caiçara na Paraíba.

Ele entrou para o crime há pelo menos 20 anos. Em 2007, foi preso em flagrante por porte de arma e tráfico de drogas, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio.

Balanço da operação

Operação com mais de 100 mortos na terça (28/10) mirou o Comando Vermelho nos complexos da Penha e Alemão

Reuters

121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais

113 presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco

10 menores infratores apreendidos

91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver apreendidos

1 tonelada de drogas apreendida

Veja os vídeos que estão em alta no g1

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