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Saiba quem são vereador, ex-secretário e médico presos em operação contra desvios na saúde na Bahia


Polícia prende líderes de esquema na saúde

Nove pessoas foram presas pela Polícia Civil, na terça-feira (18), por suspeita de integrar um esquema de desvios de verbas da saúde pública no oeste da Bahia e no Piauí. Entre os presos, estão vereador, ex-secretário de saúde municipal e médicos.

A investigação apontou que o grupo criminoso desviou mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos. Eles utilizavam clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços médicos que nunca foram realizados. (Relembre operação ao fim da reportagem)

Um dos presos na operação USG é o vereador de Formosa do Rio Preto, Hildjane Leite Souza (PSD), de 50 anos. Além de vereador, o suspeito é enfermeiro e atuou duas vezes como secretário de saúde do município.

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Hildjane Leite Souza

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Outro ex-secretário de saúde de Formosa do Rio Preto, João Mascarenhas, também foi preso na operação. Ele é cirurgião dentista e assumiu o cargo em 2022, após a saída de Hildjane.

O g1 tenta contato com as defesas de Hildjane e de João Mascarenhas, e aguarda os posicionamentos da Câmara de Vereadores e da prefeitura de Formosa do Rio Preto.

Além dos ex-secretários de saúde, uma mulher identificada como Maria Raquel de Araújo Santos foi presa. Ela é apontada como sócio administradora de uma empresa que mantinha contratos com a Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto.

O marido dela, o médico Epifânio João da Cruz Neto, também é investigado e foi preso na operação. Ele é apontado como um dos autores dos exames fraudulentos de USG.

João Mascarenhas

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Relembre operação

A Polícia Civil deflagrou a Operação USG em 2024 e cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de médicos e ex-secretários municipais de saúde de Formosa do Rio Preto e em cidades do Piauí.

Na mesma ocasião, também foram cumpridos mandados em clínicas particulares, hospitais municipais e na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, que suspendeu contratos com quatro empresas investigadas.

Nas investigações, foram identificados:

Exames incompatíveis, como ultrassonografia transvaginal em pacientes homens;

Pagamentos por serviços médicos não prestados à população;

Plantões que nunca foram realizados;

Lista fraudulenta de pacientes "fantasma";

Números de exames destoante da realidade;

Utilização de empresas de fachadas para repassar recursos.

Mandados foram cumpridos em Formosa do Rio Preto

Polícia Civil

A partir dos documentos apreendidos, foi declarada a segunda fase da operação neste ano e, na terça-feira (18), nove pessoas foram presas.

Além das prisões, os trabalhos desta etapa incluem o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens pertencentes aos investigados e a três clínicas utilizadas na estrutura operacional do grupo.

Suspeitos foram presos pela Polícia Civil

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