G1

Secretário-geral da ONU faz novo apelo por cessar-fogo que permita ampliar distribuição de alimentos na Faixa de Gaza


Israel vai voltar a permitir lançamento de comida por aviões em Gaza

Israel anunciou nesta sexta-feira (25) que vai voltar a permitir que países como Egito e Jordânia usem aviões para lançar alimentos para a população na Faixa de Gaza.

A equipe dos Médicos Sem Fronteiras em Gaza disse que está recebendo um número crescente de pacientes que sofrem de fome, enquanto os próprios médicos lutam para encontrar comida. Nos exames em crianças de seis meses a cinco anos e em gestantes e lactantes, 25% estavam desnutridas.

Israel anunciou que vai voltar a permitir o envio de alimentos lançados de aviões. Mas especialistas em ajuda humanitária dizem que esse tipo de entrega não é suficiente para atender às necessidades dos mais de dois milhões de palestinos em Gaza.

Numa videoconferência com a organização Anistia Internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, falou sobre a crise humanitária. Ele voltou a condenar os atentados de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas mataram 1.200 pessoas e sequestraram mais de 250. Mas disse que nada justifica a explosão de morte e destruição desde então.

"Tem crianças dizendo que querem ir para o céu porque lá tem comida", disse Guterres. "Isso não é apenas uma crise humanitária, é uma crise moral."

No campo da diplomacia, tudo vai mal. Depois da retirada das delegações de Israel e Estados Unidos da mesa de negociações, não há mais esperanças imediatas de um cessar-fogo.

Nesta sexta-feira (25), foi o primeiro-ministro de Israel que anunciou que levará os reféns de volta para casa com formas alternativas, sem especificar quais serão.

O presidente americano, Donald Trump, foi mais longe. Disse que o Hamas não queria fazer um acordo, porque o grupo sabe que quando entregar os últimos reféns, vai perder o poder de barganha. E que agora eles serão caçados.

Antes de embarcar para uma viagem à Escócia, Trump ainda comentou a decisão do presidente da França, Emmanuel Macron, de reconhecer um Estado palestino.

"O que ele diz não importa. Ele é um cara muito bom. Eu gosto dele, mas essa declaração não tem peso."

O presidente francês pressionou nesta sexta-feira (25) os líderes da Alemanha e do Reino Unido. O primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, disse que por enquanto não considera essa possibilidade. E o britânico Keir Starmer disse que o reconhecimento tem que ser parte de um plano mais abrangente.

Na Itália, enquanto a oposição insiste com o governo de Giorgia Meloni para que reconheça o Estado palestino, o ministro das Relações Exteriores declarou que isso só pode acontecer se a Palestina reconhecer o Estado de Israel.

Secretário-geral da ONU faz novo apelo por cessar-fogo que permita ampliar distribuição de alimentos na Faixa de Gaza

Reprodução/TV Globo

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