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Senado instala CPI para investigar atuação das milícias e do tráfico


Senado instala CPI para investigar atuação das milícias e do tráfico

O Senado instalou nesta terça-feira (4) uma CPI para investigar o crime organizado.

Desde junho, a CPI estava na fila. E saiu do papel após a operação da semana passada no Rio de Janeiro e uma disputa de protagonismo na área de segurança entre governo e oposição.

Em uma reunião a portas fechadas, o governista Fabiano Contarato, do PT, e Hamilton Mourão, do Republicanos, da oposição, formalizaram as candidaturas para presidir a comissão. A votação - secreta - foi apertada: seis votos para Contarato e cinco para Mourão, que será o vice da comissão.

“Eu não apoio barbárie. Não acredito em soluções violentas ou desumanas. Mas também não podemos, de dentro de nossas casas seguras, bem alimentados e distantes das balas, romantizar a vida de quem precisa seguir as leis de criminosos para se manter vivos. Essa realidade exige um compromisso sério de enfrentamento. O enfrentamento ao crime organizado só será eficaz se for contínuo e progressivo. Ele não pode se basear em operações isoladas, mas sim em um planejamento integrado. É preciso unir forças das polícias, dos ministérios, enfim, de todos os entes federativos, porque o crime é organizado. E o poder público não pode continuar desorganizado”, afirma o senador Fabiano Contarato, presidente da CPI.

“Os pontos que eu considero principais que têm que ser atacados aqui dentro: envolvimento de organizações não governamentais que se infiltram e buscam explorar o crime organizado; a lavagem de dinheiro, que eu já citei; o armamento na posse desse narcotráfico; a infiltração no ambiente político, que vem avançando paulatinamente; como a Força Armada Brasileira pode trabalhar”, diz o senador Hamilton Mourão, vice-presidente da CPI.

O senador Alessandro Vieira, do MDB, autor do pedido da CPI, vai ser o relator. A pedido dele, os senadores homenagearam os quatro policiais mortos na operação no Rio. O relator apresentou o plano de trabalho da CPI e uma série de requerimentos para ouvir governadores e secretários de segurança, além dos ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Já a Comissão de Segurança Pública da Câmara, comandada pela oposição, decidiu convocar Lewandowski.

Ainda no Senado, o presidente Davi Alcolumbre, do União Brasil, recebeu o ministro Alexandre de Moraes, do STF - Supremo Tribunal Federal, relator da ação sobre operações em favelas do Rio. Os dois discutiram ações sobre o combate ao crime organizado e o uso de tecnologias contra a criminalidade.

Senado instala CPI para investigar atuação das milícias e do tráfico

Reprodução/TV Globo

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