Enfermeira é atropelada por carro em avenida na Zona Leste de Teresina
O estudante Matheus Soares Magalhães Tajra, suspeito de atropelar a enfermeira Victória Lorrane de Oliveira Seabra, foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado com dolo eventual e direção sob efeito de álcool. O acidente aconteceu em 1º de fevereiro, na Avenida Maria Antonieta Burlamaqui, na Zona Leste de Teresina.
Segundo o delegado Carlos César, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito (DRCT), o suspeito também vai responder por se afastar do local do acidente para fugir da responsabilidade e não prestar socorro à vítima (entenda os crimes). O g1 procura a defesa de Matheus.
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"A autoria recai sobre o condutor do carro por prova testemunhal direta (a colisão e a fuga), registro fotográfico da placa, laudos e interrogatório (admite o impacto no retrovisor e a não parada)", escreveu o delegado no relatório final da investigação.
"O investigado, ao conduzir veículo em via urbana a 99 km/h (acima do limite de 60 km/h), após ingerir bebida alcoólica, assumiu o risco de produzir resultado letal contra terceiros. Embora o crime não tenha se consumado em óbito, a vítima sobreviveu após intervenção médica intensiva", concluiu.
O delegado também pediu à Justiça que suspenda a carteira de habilitação de Matheus, o proíba de dirigir qualquer veículo e determine recolhimento domiciliar das 22h às 6h.
Entenda os crimes atribuídos ao estudante:
Tentativa de homicídio doloso qualificado (dolo eventual com impossibilidade de defesa): Tentar matar alguém aceitando o risco de causar a morte, usando meio que impede a vítima de se defender;
Omissão de socorro: Deixar de ajudar a vítima do acidente, mesmo podendo fazê-lo sem risco pessoal;
Afastamento do local do acidente: Fugir para evitar ser identificado ou responsabilizado;
Conduzir veículo sob influência de álcool: Dirigir alcoolizado, com reflexos e coordenação comprometidos.
Perda de memória
Victória sofreu traumatismo craniano, passou por uma cirurgia na cabeça e ficou internada em estado grave por quase duas semanas. Em abril, o delegado Carlos César afirmou ao g1 que ela não se lembrava do acidente.
Durante o depoimento à polícia, Victória contou que o acidente impactou não somente a vida dela, mas também da família da enfermeira.
A diarista Jane Oliveira, mãe de Victória, contou que a filha apresenta alterações neurológicas, mas mantém uma boa coordenação motora.
Enfermeira atropelada por carro não lembra do acidente: ‘memória zero’, diz delegado
Reprodução
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