
Velório de Lô Borges vai ser aberto ao público em MG
O velório do cantor e compositor Lô Borges, que iniciou às 9h, no Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte, está atraindo centenas de fãs, músicos, amigos e parentes do artista. O local ficou repleto de flores e coroas como forma de demonstrar carinho.
Entre essas pessoas, o irmão Yé Borges, que durante entrevista relevou que Lô compunha quase todos os dias e que há dois discos prontos que iam ser lançados. Disse também que o irmão estava com uma grande agenda de shows pelo Brasil, em parceria com outros importantes nomes da música brasileira.
"Foi uma coisa muito repentina, pra um cara que estava cheio de planos, cheio de sonhos. Tinha um disco para ser lançado com Zeca Baleiro, tinha um outro disco pronto. Ele compunha compulsivamente. Essa obra não pode ficar engavetada, tem que ser compartilhada porque tem coisas geniais. A gente vai ter que ver com o produtor dele pra gente lançar", revelou o irmão Yé Borges.
Do lado de fora do Palácio das Artes, fãs de todas as idades, se organizaram em filas para, aos poucos, entrarem no prédio e se despedir do cantor.
"O que o Clube da Esquina fez, sendo o Lô Borges uma das figuras máximas, não tem igual. Deram identidade à música mineira. Em segundo, eles trouxeram um som mixado entre bossa nova, MPB e vários sons que se cruzaram e formaram uma coisa única", disse o administrador Iran Reis.
"Minas ficou conhecida no mundo todo por causa do Clube da Esquina. Eu ouço pessoas de outros estados cantando as músicas mineiras, graças a Lô Borges, ao Milton, ao Beto.Dá orgulho de ser mineira, é música pura", disse a professora de História Sulamita de Moura.
Yé Borges, irmão de Lô, revela que cantor estava com dois trabalhos prontos pra serem lançados.
TV Globo
Uma vida de música
O mineiro lançou o primeiro álbum solo em 1972. Intitulada de "Lô Borges", a obra ficou popularmente conhecida como “O disco do tênis”, devido à imagem da capa. Após o lançamento, o cantor chegou a largar a carreira musical por uns anos e passou a levar um estilo de vida hippie, mas voltou à rotina artística em 1978, quando participou do “Clube da Esquina 2”.
No ano seguinte, Lô lançou seu segundo álbum solo: “A Via Láctea”, que traz faixas como "Vento de maio" e “Nau sem rumo”. Desde então, ele gravou outros álbuns e fez parcerias marcantes como “Dois Rios”, composta ao lado do Nando Reis e do grupo Skank.
Entre os anos de 2019 e 2025, o músico lançou sete álbuns — cada um deles, ao lado de um grande artista: Nelson Ângelo, Makely Ka, Márcio Borges, Patricia Maês, César Maurício, Toninho Horta, Manuela Costa e Zeca Baleiro.
LEIA TAMBÉM:
'Dividimos cama, adolescência, a juventude', diz irmão do cantor Lô Borges
'Uma das minhas maiores inspirações', diz Djonga sobre Lô Borges; capa de 'Clube da Esquina' influenciou álbum do rapper
Governo de Minas decreta luto oficial por morte de Lô Borges
Fãs se emocionam em velório do cantor Lô Borges.
TV Globo
Centenas de fãs, em fila, para se despedir do cantor Lô Borges.
Luiz Cisi - TV Globo
Vídeos mais vistos do g1 Minas Gerais

