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Vereador cassado por compra de votos é nomeado para cargo comissionado no governo de RR

Faguinho (PP) foi eleito como presidente da Câmara de São Luiz do Anauá

Divulgação

O ex-presidente da Câmara Municipal de São Luiz, Fagner de Matos Gomes, conhecido como Faguinho (PP), foi nomeado para um cargo comissionado no governo de Roraima. A nomeação, assinada pelo governador Antonio Denarium (PP), ocorre menos de um mês após ele ter o mandato de vereador cassado por compra de votos.

Faguinho foi nomeado para o cargo de assessor especializado na Secretaria das Cidades, Desenvolvimento Urbano e Gestão de Convênios (Secidades). O cargo tem salário R$ 5.263,91, conforme o portal da transparência. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 4 de novembro.

Faguinho é do mesmo partido do governador. Ele afirmou que "não há impedimento legal ou judicial para o exercício de cargo público".

O g1 procurou o governo, mas a Secretaria de Comunicação não enviou resposta até a última atualização da reportagem

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Ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) no dia 15 de outubro. Fagner foi condenado a perder o mandado, por unanimidade, por compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024.

A decisão teve efeito imediato, e ele também se tornou inelegível por oito anos.

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A cassação de Faguinho ocorreu após investigações que identificaram um esquema de compra de votos às vésperas da eleição de 2024.

Mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal (PF) encontraram dinheiro em espécie, títulos eleitorais e mensagens que indicavam promessa de repasses para influenciar eleitores.

O TRE determinou ainda a anulação dos 323 votos que ele recebeu e o recálculo do quociente eleitoral, o que pode alterar a composição da Câmara Municipal de São Luiz.

Faguinho presidia a Câmara desde janeiro de 2025 e recebeu apoio político do governador Antonio Denarium durante a campanha municipal.

A nomeação no governo ocorre enquanto o ex-vereador ainda avalia possíveis recursos contra a decisão da Justiça Eleitoral.

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