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Vereadora Tatiana Medeiros é presa pela Polícia Federal em Teresina


Segundo a PF, há indícios de que a campanha que elegeu a vereadora, em 2024, foi custeada com "recursos ilícitos oriundos de facção criminosa". Tatiana Medeiros, vereadora de Teresina pelo PSB

Jonas Carvalho/TV Clube

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa, na manhã desta quinta-feira (3), na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, da Polícia Federal, em um condomínio da Zona Leste de Teresina.

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Segundo a PF, há indícios de que a campanha que elegeu a vereadora, em 2024, foi custeada com "recursos ilícitos oriundos de facção criminosa" e "desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental".

"A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado", informou a polícia.

O g1 tenta contato com a defesa da vereadora. A direção estadual do PSB informou que vai se manifestar após ter acesso ao inquérito e estabelecer os devidos processos legais.

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Tatiana foi eleita para o primeiro mandato na Câmara Municipal de Teresina (CMT), em outubro de 2024, com 2.925 votos.

A audiência de custódia dela está marcada para a manhã de sexta-feira (4), na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), em Teresina.

Medidas judiciais

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão das atividades da ONG Vamos Juntos, fundada por Tatiana, e impediu que a instituição receba qualquer novo aporte de recursos.

Ao todo, duas pessoas foram presas preventivamente. Uma pessoa que tinha um mandado de prisão preventiva em aberto foi presa durante a deflagração da operação.

Três pessoas foram afastadas de suas funções públicas como vereadora e de cargos em comissão na CMT, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e na Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi).

A PF fez buscas e apreensões em três endereços ligados aos suspeitos em Teresina e Timon (MA). O juiz eleitoral proibiu que os investigados afastados frequentem os locais em que trabalhavam e mantenham contato com outros servidores.

Primeira fase da operação

PF faz buscas em instituição fundada por vereadora de Teresina e apreende R$ 100 mil

Arquivo pessoal

Em dezembro de 2024, a instituição Vamos Juntos, na Zona Norte de Teresina, foi alvo de buscas pela PF na primeira fase da Operação Escudo Eleitoral.

O objetivo, segundo a polícia, era apurar "a atuação de facções criminosas no processo eleitoral das eleições municipais de 2024".

Na época, a PF apreendeu R$ 100 mil em espécie na sede da instituição mantida pela vereadora e em outro local.

A polícia afirmou que investigava indícios de lavagem de dinheiro e financiamento de campanha eleitoral com recursos de uma organização criminosa.

Companheiro preso

Alandilson Cardoso, de 33 anos foi preso em um hotel em Belo Horizonte

Divulgação/PCPI

O companheiro de Tatiana, Alandilson Cardoso, de 33 anos, foi preso em novembro de 2024 em um hotel de Belo Horizonte (MG). A prisão aconteceu durante uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil do Piauí (PCPI), em parceria com a PF.

Ele estava com a vereadora no momento da prisão, segundo a polícia, e ambos estavam com passagem comprada para São Paulo (SP).

Alandilson foi investigado por suspeita de tráfico de drogas, roubo qualificado e posse irregular de arma de fogo. O homem já tinha sido preso suspeito de organização criminosa e tráfico de drogas.

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