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Você sabe como é feito um retrato falado? Papiloscopista da Polícia Civil do DF explica; veja VÍDEO


Retrato falado

O retrato falado é um tradicional processo utilizado pela polícia para identificar suspeitos e procurados. Mas afinal, como ele é feito? ✍️🤔

Em entrevista para a TV Globo, o papiloscopista da Polícia Civil (PCDF) responsável por esses retratos, Vitor Zago, conta que o processo é utilizado para ajudar em casos específicos, principalmente em ocorrências de crimes sexuais (veja o vídeo acima).

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🔎 Papiloscopista: técnico que faz análises para identificação de suspeitos ou desaparecidos.

Passo a passo

Vitor Zago explica cada etapa do processo para elaboração de um retrato falado.

👉 Primeiro, é feita uma espécie de entrevista com o declarante, que informa o sexo do suspeito, possível altura e estatura física, média de idade, cor dos olhos, da pele e do cabelo, além de identificar características específicas, como uma cicatriz ou uma pinta, por exemplo.

👉 Com auxílio de um tablet e pré-registros acumulados pela Polícia Civil, a imagem começa a ser feita a partir de um banco de imagens de rostos.

👉 A partir dos dados declarados e das informações do banco de imagens, a face vai ganhando forma.

No banco de dados da polícia estão disponíveis:

mais de 275 tipos diferentes de cabelos;

30 tipos de mandíbula;

20 de olhos;

20 de nariz;

35 de boca.

Auxílio da tecnologia

Papiloscopista da PCDF mostra como é feito um retrato falado.

TV Globo

Segundo o papiloscopista, os formatos "pré-prontos" têm a intenção de facilitar a descrição feita pelo declarante, que pode ter dificuldade de explicar com detalhes as características do suspeito.

É possível criar, em média, mais de 420 mil rostos com essas informações.

Além disso, descrições como formato do queixo, sobrancelhas e tamanho do cabelo, também são levados em consideração.

"Como o retrato tem um viés subjetivo muito grande do declarante, do autor que tá produzindo, do sistema e do meio que é feito, ele apresenta uma margem de erro grande. Então ele é um processo que é utilizado quando a gente não tem muitos outros recursos na identificação de outras pessoas", conta Vitor Zago.

Vitor explica ainda que o rosto que esta sendo descrito pode sofrer diversas transformações ao longo da elaboração.

Devido à grande margem de erro, o papiloscopista conta que o retrato falado, em cerca de 70% dos casos, é utilizado em ocorrências que envolvem crimes sexuais, quando é difícil ter algum registro ou imagem do criminoso investigado.

O especialista pontua ainda que o retrato falado não deve ser imagem fiel do suspeito. O processo é utilizado para "separar e isolar algumas características essenciais para identificação daquela pessoa", com a intenção de reduzir e isolar o número de suspeitos.

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