O Globo Repórter desta sexta-feira (23) desvendou os contrastes da capital Baku, tradições milenares e os sabores únicos dessa terra que une Europa e Ásia. Edição de 23/05/2025
O Globo Repórter desta sexta-feira (23) revelou detalhes da segunda parte de uma expedição pelo Azerbaijão. No episódio anterior, o programa apresentou os segredos da antiga Rota da Seda.
Agora, a equipe desvendou os contrastes da capital Baku, tradições milenares e os sabores únicos dessa terra que une Europa e Ásia. Assista à íntegra no vídeo acima.
Baku: os contrastes da capital
Baku: Globo Repórter visita a capital do Azerbaijão
Baku é a maior capital do planeta abaixo do nível do mar, com 28 metros.
A cidade impressiona pela arquitetura que mistura influências asiáticas e europeias, com construções modernas ao lado de prédios históricos.
A cidade antiga, cercada por muralhas medievais, é considerada o “coração” de Baku. Reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco, preserva vielas estreitas, jogos de gamão nas calçadas e a tradição dos tapetes, que estão por toda parte. Existe um dito popular que diz “Onde estiver o meu tapete, é lá onde eu moro”.
A tradição dos tapetes em Baku
Reprodução/TV Globo
Fora das muralhas, a arquitetura revela a história recente do país: prédios do século 19, marcas da era soviética e construções arrojadas dos anos 2000, impulsionadas pelo segundo boom do petróleo.
Fora das muralhas, a arquitetura revela a história recente do
Reprodução/TV Globo
O caviar como tradição
Caviar: como alimento luxuoso está inserido na cultura do Azerbaijão
O petróleo também fomentou o mercado de luxo no Cáucaso, como o consumo de caviar. O diretor de comunicação Rovshan Naghiyev destaca que o alimento é uma tradição antiga dos azerbaijanos.
"Aqui não tem casamento sem caviar", diz Rovshan Naghiyev.
Rovshan também em uma empresa que, segundo ele, tem um sistema sustentável de produção de caviar. Os esturjões são criados na costa do mar Cáspio em fazenda que simulam o habitat natural.
E, por lá, o alimento também não é nada barato: uma lata de 50g do tipo Oscietra custa cerca de 100 dólares - hoje passa de R$ 500. Já o Beluga, mais raro, pode chegar a 200 dólares, mais de R$ 1 mil.
Caviar raro pode chegar a R$ 1 mil
Reprodução/TV Globo
Qutab: o lanche do povo
Qutab: conheça o lanche popular das ruas do Azerbaijão
Pelas ruas, o prato mais popular entre os moradores é o qutab, uma espécie de panqueca recheada, vendido em pequenas janelas espalhadas por todas cidades.
Rituais espirituais
Benzedeiras realizam rituais nos arredores de Baku
Nos arredores de Baku, tradições espirituais também resistem ao tempo. Em um templo nos subúrbios, benzedeiras realizam rituais que prometem alinhar energias e afastar o mal. O ritual inclui queima de algodão em pontos do corpo e até o uso simbólico de garrafas quebradas. Há quem enfrente quilômetros de viagem para receber a benção.
Nos arredores de Baku, benzedeiras realizam rituais que prometem alinhar energias e afastar o mal
Reprodução/TV Globo
Laza: vida simples nas montanhas
Laza: como é a vida em vilarejo de minoria étnica lezguin no Azerbaijão
Já em Laza, a 1.600 metros de altitude, a vida segue em ritmo tranquilo. Com menos de 200 habitantes, o vilarejo abriga a minoria étnica lezguin. Na casa do professor Khalid, a tradição se mantém viva na culinária. O pão fassalí, feito com manteiga e ovos, acompanha pratos típicos como o tchi-gurt-má (frango com ovos) e o shepherd’s pilaf (arroz com cordeiro e cerejas secas).
Pratos típicos
Reprodução/TV Globo
Confira as últimas reportagens do Globo Repórter: